Aneurisma do segmento oftálmico da artéria carótida interna: características clínicas, angiográficas e resultados do tratamento endovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: AMUROSI, Patrícia Bozzetto
Orientador(a): VALENÇA, Marcelo Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8199
Resumo: Na primeira década do século XXI, as novas modalidades de tratamento endosacular vem substancialmente revolucionando a terapêutica dos aneurismas do segmento oftálmico da carótida interna. Com o acelerado progresso obtido tanto na tecnologia dos materiais como nas técnicas endovasculares, o tratamento dos aneurismas intracranianos deixou de ser preferencialmente; uma área reservada à microcirurgia. A terapia endovascular parece ser cada vez mais segura e eficaz permitindo, entre outras vantagens, que os pacientes tenham acesso a um tratamento menos invasivo e com menor índice de complicações. Objetivo: Analisar retrospectivamente os resultados clínicos e angiográficos dos casos de aneurismas do segmento oftálmico da carótida interna tratados por via endovascular em um centro de referência, a Fundação Adolphe de Rothschild em Paris, França, durante um período de nove anos consecutivos. Casuística e métodos: A população do estudo incluiu 178 aneurismas do segmento oftálmico da artéria carótida interna, sendo três não-saculares que foram excluídos da análise final, sendo 31 aneurismas rotos (22,9%) que foram detectados em 138 pacientes consecutivos. Resultados: Dentre esses, 62 pacientes (45,9%) tinham aneurismas múltiplos e 23 pacientes (17%) apresentavam aneurismas em espelho. Foram avaliados os dados demográficos e clínico-angiográficos. Também foram comparados os subgrupos de pacientes com aneurismas saculares que tiveram hemorragia subaracnóidea com os que não tiveram. A angioarquitetura do sifão carotídeo e dos aneurismas do segmento oftálmico da carótida interna foram analisados mediante revisão dos estudos angiográficos convencionais e das reconstruções tridimensionais. Além disso, foi feita a análise da permeabilidade da artéria oftálmica, antes e após o tratamento endovascular. Os aneurismas foram reagrupados em cinco categorias de acordo com a localização em relação ao segmento oftálmico: 107 (61.5%) eram do tipo A ou os verdadeiros da artéria oftálmica; 30 (17,2%) eram do tipo B , 18 (10.3%) foram identificados como tipo C , 10 (5,7%) eram do tipo D ou variantes hipofisiária superior; finalmente nove foram considerados aneurismas do tipo E ou transicional (5,2%). Cerca de 53 % dos aneurismas tinham colo largo (>4mm). De acordo com o tipo de sifão carotídeo, as formas em C e V foram predominantes. Elas foram encontradas em 50 pacientes, enquanto em 48 pacientes (27,6%) foi encontrado o subtipo dupla curva. No total, um grupo de 163 aneurismas foram tratados por via endovascular, sendo três casos com oclusão por balão do vaso parente; e em 160 casos com coils ou stents expansíveis com balão, auto-expansíveis ou flow-diverters. Conclusões: Os aneurismas foram excluídos totalmente em 93% dos casos. No seguimento, 18 pacientes foram reoperados (11%), a taxa de complicações foi de 12,8%. O tempo médio de acompanhamento após a intervenção foi de três anos por angiografia convencional, realizada cada seis meses; e cinco anos com ressonância magnética. Observou-se uma taxa de mortalidade de aproximadamente 3% entre os aneurismas tratados