Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Melo Trindade do Nascimento, Alcione |
Orientador(a): |
de Araújo Menezes-Santos, Jaileila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8468
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Resumo: |
O presente estudo situa-se no debate sobre violências nas escolas a partir de uma abordagem sociocultural da psicologia social e do desenvolvimento. Nele investigou-se uma modalidade de violência que acontece no contexto escolar entre pares de adolescentes, denominada de bullying e/ou intimidação assunto que vem conquistando visibilidade nas mais diversas mídias e campos de pesquisa científica dados seu avanço e incidência em escolas públicas e privadas, frequentadas por diferentes classes sociais. A intimidação é definida como um fenômeno que ocorre através de ataques intencionais, físicos ou verbais, praticados por um ou mais sujeitos, ao longo do tempo, contra uma ou mais pessoas que estejam em situação de desvantagem física ou psicológica. Tal prática é considerada como uma violência relacional porque nega a alteridade e os direitos fundamentais de expressão subjetiva num contexto escolar, que deveria ser seguro e acolhedor. Portanto, o objetivo desta dissertação foi compreender os significados e sentidos produzidos por adolescentes, sobre as práticas de intimidação. Para tanto, foram investigados estudantes adolescentes de 16 a 18 anos (11 moças e 17 rapazes), que cursavam o 1º e o 2º ano do Ensino Médio num colégio público de excelência na cidade do Recife/PE. Os referenciais teóricos do estudo foram a psicologia sociohistórica, a psicologia cultural e a Rede de Significações. A metodologia utilizada foi a qualitativa, com uso dos recursos da observação participante e grupos focais. Nos grupos e entre pares, os adolescentes expressaram, através da técnica de construção de imagens, dos comentários e do procedimento de autoscopia, reflexões, sentimentos, depoimentos e preocupações sobre a intimidação. De todas as informações registradas, destacou-se o significado das relações horizontais, construídas ao longo dos anos entre pares, circunscritas ao contexto escolar. Principalmente as relações de amizade, base afetiva e instrumental, que configuravam diversas dinâmicas de sustentação e silenciamento diante das práticas de intimidação entre os colegas. O senso crítico as situações de exposição e desrespeito aos colegas era sacrificado a favor da manutenção da homogeneidade e da cultura do grupo de amigos, da conservação da intimidade, do apoio às práticas de intimidação, devido ao medo de perder a posição conquistada no grupo. Essa rede de interações promovia intimidações a partir dos valores culturalmente significativos para aquela escola. Intimidações que feriam e magoavam os intimidados, despertando conflitos internos e externos, os quais eram relevados por serem iniciados por amigos e ao se apresentarem mascarados pelo tom de brincadeiras, perpetuando um ciclo de violência relacional |