Avaliação multissensorial de usuários de Centro de Atenção Psicossocial com foco nos diagnósticos que incluem sintomas de psicose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: RAMOS, Giuliano Baltar Melo de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52307
Resumo: Partindo do pressuposto de que existem alterações sensório-perceptuais nos transtornos neuro- psiquiátricos, em estados leves e graves, esta dissertação objetivou por investigá-las através da avaliação da percepção visual, auditiva e proprioceptiva de pessoas usuárias de um Centro de Atenção Psicossocial cujos diagnósticos incluem sintomas de psicose. Para tanto, fez-se uso da Bateria de Avaliação Multissensorial que vem sendo desenvolvida pelo Laboratório de Percep- ção Visual da Universidade Federal de Pernambuco, composta por três testes: o Teste Pictorial de Tamanho; o Teste de Apreciação Sonora; e o Teste de Força de Preensão Palmar. Participa- ram do experimento voluntários de um Grupo Experimental (GECAPS) e um Grupo Controle (GC), ambos compostos por doze pessoas, sendo o GECAPS formado por usuários de CAPS diagnosticados com esquizofrenia e bipolaridade, e o GC, por pessoas convidadas por conveni- ência, pareadas ao primeiro grupo, mas sem diagnósticos psiquiátricos. Esta pesquisa buscou obter evidências verificando a sensibilidade da Bateria para a avaliação do primeiro tamanho pictorial percebido em cenários naturais com eixos de simetrias verticais e horizontais, dos ní- veis de desconforto sonoro a varreduras compostas por frequências sonoras puras, e das inten- sidades da força de preensão palmar em pessoas com sintomas de psicose quando comparadas a um grupo de voluntários sem diagnóstico de transtornos neuropsiquiátricos. Nossos resultados mostraram diferenças significativas entre os grupos para todos os três testes (p < 0,001), corro- borando a sensibilidade da bateria às alterações aferidas. Comparamos, ainda, os dados obtidos aqui com os publicados em artigo anterior do laboratório (com pacientes em primeiro surto psicótico), e tivemos resultados que indicam, com diferenças também significativas (p < 0,01), a possibilidade de que o agravamento dos prejuízos sensório-perceptuais é acentuado com o prolongamento do processo da doença.