Subjetividade como responsabilidade em Levinas : quando a alteridade atravessa o sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Lucia Lima de Queiroz Santos, Maria
Orientador(a): Luiz Pelizzoli, Marcelo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ser
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6283
Resumo: Este trabalho expõe a descrição feita por Levinas da subjetividade como responsabilidade, a partir de duas obras: Totalité et Infini (1961) e Autrement qu´être ou au-delà de l´essence (1974), tendo como eixo a noção de Infinito como um ideatum que ultrapassa a idéia que o pensa. O filósofo define a Ética como filosofia primeira , buscando uma outra forma de inteligibilidade e de sentido para o humano, além daquela que é proposta pela Ontologia, ou seja, além da compreensão do ser . Em Totalité et Infini, o ser é cindido em dois pólos: o Mesmo e o Outro, que se relacionam mantendo-se separados; o conceito de separação permanece de fundamental importância ao longo da obra. Levinas discorre sobre as diversas figuras da alteridade com as quais o Mesmo se defronta: o corpo, o feminino e o Rosto que instaura o Discurso, chamando à responsabilidade. Especial atenção é dada à questão do Desejo. Em Autrement qu´être, trata-se do Mesmo já completamente atravessado pelo Outro, o que descentra o seu movimento de perseverança no ser, que é inter-esse , egoísmo, para uma saída em direção ao outro, o que se dá como passividade na concretude de um sujeito encarnado, exposto ao sofrimento. Sujeito único, eleito pelo Bem, de forma insubstituível, a ser responsável pelo outro nisso consiste a sua verdadeira vocação. São também noções básicas dessa descrição: proximidade, sensibilidade, perseguição, obsessão, traumatismo, que apontam para a direção de além do Ser.