A responsabilidade a partir de Emanuel Levinas: dimensão de concretude ética para nosso contexto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: de Oliveira Coelho, Wandenberg
Orientador(a): Luiz Pelizzoli, Marcelo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6218
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo investigar a responsabilidade por Outrem em sua concreção fundamental no que podemos chamar de ética de Emmanuel Levinas, tema essencial para se atingir a condição humana. O que se propõe é buscar a subjetividade como responsabilidade para que se possa caminhar em busca do humano. Levinas apresenta a relação ética pautada na alteridade como forma de transpor a violação entre um Eu egoísta e o Outro. O Eu encontraria a sua humanidade quando é intimado por uma responsabilidade vinda de Outrem; daí a busca de expor a constituição do sujeito humano que se manifesta no reconhecimento da alteridade do Outro. Nosso enfoque apresenta a dimensão de metafísica como Desejo, que constrói aberturas para que se possa ultrapassar a condição de centramento no Eu, para uma condição verdadeiramente ética, que se completa de fato na benevolência pelo próximo. Damos ênfase a uma filosofia que encontra a sua verdade na justiça do Outro, uma verdade ética, que exige uma responsabilidade assimétrica; onde a justiça dá-se a conhecer a partir do Rosto do Outro, o qual vai além de seus traços identificáveis/ domináveis, ao adquirir um significado elevado, acolhido como infinito. Destacamos, por fim, a responsabilidade que institui uma práxis, como forma de reconhecer o Outro, de assumir radicalmente a exterioridade que se apresenta a partir do face-a-face, de assumir inclusive a dor do próximo. Nesse ponto vamos de Levinas a Dussel, perseguindo a demanda prática existente num sujeito responsável por Outrem.