Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Bárbhara Elyzabeth Souza |
Orientador(a): |
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12833
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Resumo: |
Neste estudo, buscamos investigar o trabalho de mediação de uma professora na condução de rodas de história, com vistas ao desenvolvimento de habilidades argumentativas de um grupo de crianças na última etapa da Educação Infantil. A pesquisa explorou os possíveis caminhos para a atuação da professora enquanto mediadora entre as crianças-ouvintes e os textos. Para isso, a docente foi solicitada a planejar cinco sessões de roda de história com o foco no desenvolvimento das habilidades argumentativas de seu grupo de crianças. Nos intervalos dessas sessões, ela também foi convidada para participar de encontros de discussão, reflexão e análise de sua própria prática. Tais encontros, mediados pela pesquisadora, ocorreram após cada uma das sessões de roda de história e neles a professora era confrontada com sua prática, assistindo a roda que havia conduzido e que estava registrada em vídeo. Assim como as sessões de leitura com as crianças, tais encontros de discussão com a docente foram videogravados e transcritos literalmente. A análise dos dados revelou que a professora era conhecedora de boas obras literárias para as crianças e que sabia fazer escolhas de textos com potencial argumentativo. Em todas as sessões também era perceptível seu comprometimento com o planejamento da roda que incluíam várias atividades antes e após a leitura dos livros para as crianças. No entanto, a docente não parecia conceber a conversa sobre o texto como uma atividade que por si própria poderia colaborar para construção de sentido e desenvolvimento de habilidades argumentativas. Na verdade, conforme pudemos perceber, a conversa sobre as histórias lidas não fazia parte de sua rotina com as crianças antes do início da pesquisa. Ao longo das sessões de leitura e encontros de discussão e reflexão com a pesquisadora, a docente foi aos poucos estabelecendo um tempo maior para conversar sobre os livros que lia. Apesar disso, no que se refere às intervenções de caráter argumentativo, a professora tendeu apenas a solicitar a opinião das crianças, sendo raras as vezes em que pedia justificativas ou estimulava o confronto de opiniões, o que ao nosso ver, constituem intervenções imprescindíveis para quem pretende promover a argumentação entre as crianças. Vale ressaltar porém, que os encontros em que a docente era confrontada com sua prática, revelaram-se importantes para aprimorar a capacidade crítica–reflexiva da professora. Tais encontros também evidenciaram a necessidade de implementarmos uma formação docente que priorize a reflexão sobre a prática e atribua à professora o papel de pesquisadora no complexo processo de produzir metodologias para o seu trabalho pedagógico com crianças pequenas. |