Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Deise Pereira de Lima |
Orientador(a): |
LIMA, Marilia de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17513
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Resumo: |
Apesar de bem documentada a influência dos aspectos socioeconômicos sobre o estado nutricional, a maneira como se dá essa relação ainda é complexa e se expressa diversamente entre diferentes estratos demográficos e socioeconômicos. Comumente, estudos relacionam o estado nutricional às condições socioeconômicas atuais dos indivíduos, porém estudos recentes sugerem que a trajetória socioeconômica ao longo da vida, denominada mobilidade social, pode ter algum efeito neste processo. Assim, este estudo teve por objetivo investigar a influência da mobilidade social no estado nutricional de adolescentes. Utilizaram-se dados de 217 adolescentes de uma coorte de nascidos em 1993/1994 na zona da mata meridional de Pernambuco (74 nascidos com baixo peso e 143 com peso entre 3000 e 3500g), avaliados sistematicamente nos primeiros seis meses de vida e reavaliados aos dezenove anos. A variável explanatória de interesse foi a mobilidade social familiar avaliada entre o nascimento e a adolescência e entre os desfechos o índice de massa corpórea (IMC) e a altura. A mobilidade social não apresentou associação significante com o IMC. A análise de regressão linear múltipla revelou associação significante entre mobilidade do tamanho da família e altura, verificando-se que adolescentes de famílias sempre pequenas eram 4cm mais altos que os dos demais grupos. O poder explicativo da mobilidade social (4,7%) foi semelhante ao da altura materna (5,4%) em explicar a variação de altura nos adolescentes. Os adolescentes do sexo masculino apresentaram 11cm a mais que as meninas, explicando 45% da variação em altura. Ressaltamos a importância, além do fator constitucional relacionado ao sexo, dos fatores ambientais na determinação da altura na adolescência. O menor tamanho da família teria refletido em uma maior disponibilidade de alimentos e cuidados maternos, exercendo efeito importante nas condições de saúde e nutrição durante a vida, permitindo maior expressão do potencial de crescimento nesta população. |