Avaliação da atividade hipoglicemiante da lectina de folhas de bauhinia monandra (bmoll) em camundongo nod (non obese diabetic)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ARAUJO, Chrisjacele Santos Ferreira De
Orientador(a): COELHO, Luana Cassandra Breitenbach Barroso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17975
Resumo: Diabetes mellitus (DM) caracteriza um grupo de doenças metabólicas resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina que levam à hiperglicemia. As plantas do Gênero Bauhinia, pertencentes à Família das Fabaceae, conhecidas como “pata-de-vaca” são utilizadas pela medicina popular para o tratamento de diabetes em várias regiões do mundo, tais como África, Ásia bem como América Central e do Sul; estudos prévios já demonstraram atividade hipoglicemiante de extrato folhas de Bauhinia monandra. Lectinas são proteínas ou glicoproteínas, de origem não imune, que reconhecem e se ligam a carboidratos de forma especifica e reversível. Uma lectina presente em folhas da B. monandra (BmoLL, B. monandra Leaf Lectin), galactose específica, foi purificada através de cromatografia de afinidade em gel de guar. Apenas uma banda foi revelada por eletroforese em gel de poliacrilamida, PAGE, para proteínas nativas. Os efeitos da ação hipoglicemiante do tratamento de BmoLL purificada em camundongos NOD (NON OBESE DIABETIC), foi avaliado a na utilização de três grupos de animais, cada grupo com (n=4), intraperitonealmente, por 21 dias. O grupo tratado com BmoLL recebeu 60mg/kg/dia, o grupo controle para diabetes não tratado recebeu veículo, água. Grupo controle para valores normoglicêmicos foram camundongos que não desenvolveram diabetes. No grupo tratado os picos hiperglicêmicos foram vistos antes do tratamento, em uma média de glicose (307,50 ± 83,30 mg/dL), equivalente ao grupo diabéticos não tratados 364,5±106,24 mg/dl. No final do tratamento, 21dias, o grupo tratado (137,50 ± 68,26mg/dL) atingiu valores equivalentes ao grupo normoglicêmico (110,50 ± 16,66mg/dL). O controle nos níveis glicêmicos no grupo tratado mostrou apenas diferença estatística significante (p= 0,002) em comparação com o grupo que recebeu apenas veículo. Já o grupo de camundongos não diabéticos, ou seja, normoglicêmicos quando comparado com o grupo tratado não apresentou diferença estatistica significante (p= 0,12) os testes foram realizados pelo teste “t” de “Student”. Observando as consequências secundarias a hiperglicemia apresentadas pelo grupo controle para diabetes não tratado, não foram apresentadas pelo grupo tratado com BmoLL nem pelo grupo controle de níveis normoglicêmicos; conclui-se que a ação do tratamento com BmoLL ao ser capaz de controlar os níveis glicêmicos a valores normais de forma continua minimizou também as complicações secundárias a hiperglicemia, durante todo o período de 21 dias. Necessários estudos posteriores para entendimento dos mecanismos pelos quais a BmoLL tem seu efeito hipoglicemiante.