Os fluxos de sentimentos no ciberespaço: ensaio sobre correntes, formas e agências da multitude virtual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LEMOS JÚNIOR, José Roberto de
Orientador(a): PERRUSI, Artur Fragoso de Albuquerque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29891
Resumo: Esse trabalho de cunho conceitual/ensaístico traz a discussão sobre como abordar o fenômeno da produção de subjetividade política no ciberespaço, retomando o conceito de correntes sociais da sociologia clássica. Para isso, revisitou-se no primeiro capítulo a controvérsia, entre Émile Durkheim e Gabriel Tarde sobre a substância e ontologia do “social” na Sociologia francesa do século XIX, enfatizando a perspectiva do segundo sociólogo com o fim compreendê-lo como um fluxo de sentimentos, conjunto de crenças e desejos, de apercepção e apetição. No segundo capítulo, buscou-se desenvolver, a partir do Estruturalismo Radical, as possibilidades sociológicas de compreensão dos circuitos, das formas e das agências do ciberespaço. No primeiro momento, rearticulamos o conceito de correntes sociais com os conceitos de rede ou rizoma para compreender a constituição dos fluxos de afecção; logo em seguida, redesenhou-se a concepção de estruturas para pensá-las como a realização de conexões, vetores, dobras, grampos que conectam dois pontos ou locais, compondo, por vezes, formas permanentes e duráveis; no último ponto, reavaliou-se a concepção ação com a finalidade pensá-la como um movimento imprecisamente figurado que conecta dois locais, por definição a ação é sempre deslocada. Por fim, no último capítulo, ensaiaram-se algumas possibilidades de compreensão da conversação e das comunicações atuais; do público, desdobrado em ciberespaço, como multidão virtual; da constituição da opinião ou a produção dos subjetivadores de opinião, ao mesmo tempo em constitui correntes de afecção.