Dieta ocidentalizada na vida perinatal: estudo em ratos do comportamento alimentar em função dos horários de restrição temporal de alimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ARAÚJO, Nathália Cavalcanti de Morais
Orientador(a): NASCIMENTO, Elizabeth do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32887
Resumo: Mudanças na composição dietética ou energética durante o período crítico de desenvolvimento (gestação e lactação) de ratas da linhagem Wistar, ou ainda, nos horários das refeições, podem contribuir para as alterações dos parâmetros metabólicos e comportamentais nos seus descendentes. Assim, o estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da restrição do alimento durante 8h da fase escura do ciclo 24hs por 8 semanas e/ou da alimentação materna durante a gestação e lactação sobre o ritmo e comportamento alimentar, além de parâmetros metabólicos. Inicialmente utilizou-se 43 ratos machos da linhagem Wistar que aos 60 dias de vida formaram 4 grupos: C- Grupo Controle; Cr- Grupo Controle Restrito O- Grupo Dieta Ocidentalizada durante a gestação/lactação; Or- Grupo Dieta ocidentalizada durante a gestação e lactação Restrito. Os parâmetros avaliados foram: peso corporal, ritmo de consumo alimentar, curva glicêmica de 24 horas, teste oral de tolerância à glicose (TOTG), sequência comportamental de saciedade (SCS), parâmetros bioquímicos, peso de órgãos e gordura abdominal. Nos resultados destaca-se a ausência de diferença de peso corporal nos grupos privados comparados aos controles (C = 328,8 g; Cr = 322,4 g; O = 374 g; Or = 350,2 g), apesar da significante redução da ingestão alimentar (grupos privados tiveram ingestão global diária 49% menor em relação em controle) e elevada gordura abdominal (C = 1,88 g; Cr = 2,36 g; O = 3,56 g; Or = 3,12 g). Observou-se também alteração no TOTG com evidente mudança na glicemia (C = 138,7 mg/dL; Cr = 146,9 mg/dL; O = 183,1 mg/dL; Or = 164,2 mg/dL) e lipemia do grupo cuja mãe se alimentou de dieta ocidentalizada na gestação e lactação (C = 27,1 mg/dL; Cr = 35,66 mg/dL; O = 45,97 mg/dL; Or = 46,8 mg/dL). Na SCS foi nítida a diferença na taxa de alimentação (C =1,14 Kcal/min; Cr = 1,03 Kcal/min; O = 2,3 Kcal/min; Or = 3,63 Kcal/min) e da duração da refeição (C =18,97 min; Cr = 15,41 min; O = 6,54 min; Or = 7,14 min) entre os grupos oriundos de dieta ocidentalizada apenas no início da vida. Com base nos resultados, pode-se concluir que a dieta ocidentalizada ingerida pelas mães na gestação e lactação influencia em longo prazo parâmetros do metabolismo e do comportamento alimentar. Estas mudanças podem ser responsáveis por distúrbios alimentares e riscos de desenvolvimento de doenças relacionadas ao metabolismo energético.