Estudo dos polimorfismos genéticos da metalproteinase de matriz 2 envolvidos na carcinogênese cervical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: QUIXABEIRA, Dafne Carolina Alves
Orientador(a): SILVA NETO, Jacinto da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Patologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18894
Resumo: O câncer de colo do útero apresenta distribuição a nível mundial, correspondendo ao quarto mais incidente entre as mulheres. Está associado à infecção prévia pelo Papillomavírus Humano (HPV) em quase a totalidade dos casos. Diversos cofatores atuam em consonância ao HPV para o surgimento de lesões cervicais e posterior carcinoma. Importante destaque como cofator deve ser dado às metaloproteinases de matriz (MMP), enzimas proteolíticas que participam da lise tanto de componentes da matriz extracelular (MEC), como os que não pertencem a matriz. Particularmente a MMP-2 tem destaque relevante no câncer cervical, por favorecer a progressão de lesões in situ para a invasão ao lisar a membrana basal. Polimorfismos na região promotora desse gene têm sido associados ao aumento do risco da progressão do câncer e formação de metástases. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a possível associação dos polimorfismos de base única (SNP) -1306C/T e -735C/T, presentes na região promotora do gene da MMP-2 em lesões cervicais em mulheres de dois Estados da região Nordeste do Brasil. Foram avaliados 52 casos de lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL) e 67 lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL) para o polimorfismo -1306 C/T. Enquanto que 63 casos de LSIL e 73 casos de HSIL foram selecionados para a avaliação do SNP 735C/T. 95 casos com citologia normal foram selecionados como grupo controle do -1306C/T e 91 casos para o -735 C/T. A amplificação gênica e posterior genotipagem foram feitas por meio de PCR-RFLP, com o uso das enzimas Pvu II e Hinf I, para os SNP-1306C/T e -735C/T, respectivamente. A MMP-2 C1306T não apresentou associação significativa entre os grupos LSIL e o controle (p=0,1734OR=0.37; 95 % CI=0.3-1.58). Assim como entre os grupos controle e HSIL (p=0,7118 OR=0.08; 95 % CI=0.93-3.3). O mesmo foi observado para a avaliação do MMP-2 C735T, pois não foi encontrada associação significativa entre o grupo LSIL e o controle (p=0,7948; OR=0,94; 95 % CI=0,56-2,15), bem como entre o grupo HSIL e o controle (p=0,7398; OR=1,07; 95 % CI=0,50-1,64). A presença do genótipo TT no modelo recessivo apresentou-se como fator protetor da progressão das lesões cervicais (p=0,03566; OR=0,66; 95 % CI=0,10-0,96). Em relação ao uso de contraceptivo oral como cofator, não foram encontradas associações, tanto entre os casos LSIL (p=0,370 OR=0.65; 95 % CI=0.35-1.93) e HSIL (p=0,6527; OR=0.08; 95 % CI=0.93-3.3) -1306C/T, quanto para os casos LSIL (p=0,57649; OR= 0,9; 95% CI=0.60-2.54) e HSIL (p=0,6269; OR= 0,74; 95% CI=0.47-1.57) do -735C/T. A associação entre a infecção pelo HPV e os genótipos C735T e C1306T não foi significativa (p >0,05). No presente estudo, apenas a presença do genótipo TT do MMP-2 C735T apresentou relevância estatística como fator protetor da progressão das lesões cervicais para a malignidade.