Variabilidade pluvial no semiárido brasileiro: impactos e vulnerabilidades na paisagem da bacia hidrográfica do rio Moxotó

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ALVES, Keyla Manuela Alencar da Silva
Orientador(a): NÓBREGA, Ranyére Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18726
Resumo: A pesquisa aqui presente visou compreender os aspectos das mudanças ambientais (climática e da cobertura vegetal), e os impactos e vulnerabilidades produzidas por tais mudanças na Bacia Hidrográfica do Rio Moxotó, que se encontra localizada no semiárido pernambucano. Para análise das mudanças ambientais foram utilizadas a técnica de análise de tendência de precipitação Mann-Kendall, aplicada a uma série de dados de 84 anos extraídos de 38 estações meteorológicas, e para análise espaço-temporal das mudanças da cobertura vegetal a técnica NDVI utilizando imagens satelitais Landsat 5 e 7. Com base nos dados obtidos a partir dessas técnicas, observaram-se os impactos e também serviram para compor como indicadores na construção do índice de vulnerabilidade às mudanças climáticas. O resultado da análise de tendência de precipitação apresentou que as tendências na área da bacia não são homogenias; e que o resultado referente à análise do comportamento da cobertura vegetal demonstra que a vegetação nativa apresenta-se mais conservadas nas áreas de altitudes mais elevadas e nas áreas de morros testemunhos e relevos residuais da bacia sedimentar do Jatobá. Para construção do índice de vulnerabilidade às mudanças climáticas foram selecionados indicadores tomando como critério de seleção a relação conceitual \cientifica que cada um destes possuía com as mudanças climáticas e a área de estudo. Assim foram selecionados indicadores de caráter social, econômico e físico que foram agrupados em três subíndices (exposição, sensibilidade e capacidade adaptativa), onde cada um desses subíndices representava a variabilidade climática e as mudanças na cobertura vegetal, as vulnerabilidades sociais e econômicas e os aspectos positivos que favorecem a adaptação às mudanças ambientais, respectivamente. Dentre os resultados gerados pelos subíndices e índice final, observou-se que os municípios em situação mais grave são Jatobá, Ibimirim e Tupanatinga, que apresentaram os níveis mais elevados de vulnerabilidades ás mudanças climáticas. A partir de todos os resultados e análises apresentados fica evidente a importância dos estudos de vulnerabilidades sociais e ambientais como recursos para o entendimento dos efeitos das mudanças climáticas sobre sistemas sociais e ambientais.