Interferências do sistema territorial sobre a formação da cooperação : indícios a partir do Perímetro Irrigado do Moxotó- PE.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Priscila Batista
Orientador(a): FERNANDES, Ana Cristina de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6197
Resumo: Esta dissertação é resultado de dois anos de pesquisa realizada no Perímetro Irrigado do Moxotó PIMOX, situado no município de Ibimirim-PE. Nessa ocasião procuramos responder ao questionamento de quais as variáveis do sistema territorial do PIMOX que dificultaram a formação da cooperação? Baseado nesta pergunta, o objetivo principal definiuse em identificar no sistema territorial do Perímetro Irrigado do Moxotó as principais variáveis que dificultaram a cooperação. Para tanto, realizamos uma revisão de literatura sobre os conceitos de sistema, território e cooperação e realizamos observações a partir de visitas de campo. A dissertação está organizada de acordo com a linha de raciocínio elaborada a cada fase da pesquisa. No primeiro capítulo foi abordado o histórico do sistema territorial em sua configuração e organização, desde sua formação até os dias atuais. No segundo foram apresentados os caminhos metodológicos para identificar as variáveis do sistema territorial que interferiram na formação da cooperação no Perímetro. No terceiro, e último, estão explicitados os resultados alcançados com o trajeto delineado nesta pesquisa. Dentre os resultados destacaram-se as relações territoriais com acentuadas assimetrias calcadas no autoritarismo e paternalismo por parte do DNOCS, planejador e gerenciador do Perímetro, e na subjugação dos colonos agricultores, o que provocou naqueles que estão na situação de subjugados um senso de dependência social, falta de autonomia e protagonismo. Um outro componente está associado à presença da instabilidade sócio-territorial que o Perímetro passou (por exemplo, migrações constantes), o que provocou uma brusca interrupção no processo de construção de pressupostos da cooperação como a confiança no outro. E, a configuração territorial do Perímetro elaborada pelo DNOCS dificultou a comunicação e o diálogo entre os agricultores, visto que as agrovilas estão fisicamente distantes umas das outras (chegando a 10 km), e gerou uma fragmentação espacial, pois as agrovilas mais perto da cidade de Ibimirim e da rodovia asfaltada conseguiram ter mais êxito do que as mais distantes. Estes dois últimos aspectos fragilizaram a troca de energia e informação essenciais para o processo cooperativo