Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
BAYMA, Elexandra Santos do Nascimento |
Orientador(a): |
FERREIRA, Aurino Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39343
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Resumo: |
A aposentadoria é um fenômeno pós-industrial que possibilita acesso a direitos e bem-estar, mas que também pode provocar as pessoas trabalhadoras formalizadas profundos sofrimentos, culminando com a perda de sentido de vida, sendo necessário um processo formativo de educar para a aposentadoria. Nos órgãos públicos, há normativas que recomendam a implantação de Programas de Educação para Aposentadoria (EPA). O objetivo do presente estudo é compreender que contribuições a espiritualidade fornece ao desenvolvimento da EPA nos órgãos públicos. Para tanto, discutimos as concepções de espiritualidade apresentadas por Ferdinand Röhr, Jorge Ferrer, Viktor Frankl, Douglas MacDonald e Sidney Silva. A partir da abordagem transpessoal/integral de espiritualidade, por meio de uma pesquisa mista sequencial, foi apresentado o estado do conhecimento acerca da aposentadoria à luz da integralidade. Na fase quantitativa do estudo, utilizou-se o Inventário de Expressões de Espiritualidade Revisado (ESI-R) associado a um questionário sociodemográfico, dos quais participaram 155 pessoas servidoras públicas em situação de pré-aposentadoria, abono em permanência e aposentadoria. Os dados quantitativos passaram por análise estatística descritiva em software livre JAMOVI 1.2. Foram selecionados 16 servidores - 8 de cada órgão -, que obtiveram as maiores e menores médias nas dimensões Orientação Cognitiva em Direção à Espiritualidade (COS) e Bem-estar Existencial (EWB) da ESI-R. Foi utilizada uma entrevista com roteiro semiestruturado para a construção dos dados qualitativos cujo corpus gerado foi sistematizado por meio de análise temática com o auxílio do software IRAMUTEQ. Os resultados apontam que a EPA não é um campo consolidado de pesquisa no Brasil e que há carência de pesquisas voltadas à educação para aposentadoria de professores, principalmente da educação básica, bem como pesquisas sobre as relações das pessoas aposentadas com a família e o lazer (quadrante cultural). A percepção da espiritualidade das pessoas do serviço público transita entre as dimensões Religiosidade (REL), COS e EWB da ESI-R. A análise do perfil sociodemográfico evidencia o fator de escolaridade na percepção da espiritualidade na dimensão REL e o de renda na percepção de EPA. Outro dado refere-se à postergação da aposentadoria entre as pessoas com mais de 40 anos de tempo de serviço, sendo mais evidente em pessoas do sexo masculino, solteiras, sem filhos e sem religião. Na dimensão REL há variação estatística no tocante ao sexo e nas dimensões EWB e REL em relação à situação diante da aposentadoria. Os resultados qualitativos apresentam que a EPA se beneficia se abarcar desenvolvimento do senso de propósito da pessoa trabalhadora, da relação com trabalho, com o tempo livre e do processo inexorável do envelhecimento, numa perspectiva multidimensional do ser humano. Os participantes da pesquisa sugerem que a metodologia de EPA aconteça pela formação de grupos informativos, reflexivos e culturais, que façam parte de um programa de desenvolvimento humano longitudinal nas organizações pesquisadas. A principal contribuição da espiritualidade para a EPA perpassa pela abertura que a tarefa pedagógica proporciona na tomada de decisão consciente ante a aposentadoria, possibilitando a promoção do autoconhecimento e da autonomia da pessoa trabalhadora. |