Efeito vasodilatador e toxicidade dos extratos das folhas da amoreira (Morus nigra L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Wellington Francisco Pereira da
Orientador(a): ARAÚJO, Alice Valença
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37673
Resumo: Morus nigra L. é uma espécie pertencente à família Moraceae, gênero Morus, conhecida popularmente como amoreira-preta. É originária da Ásia e está plenamente aclimatada no Brasil. O presente estudo teve como objetivo avaliar os principais constituintes químicos, bem como o efeito vasodilatador e a toxicidade dos extratos aquoso (EAMn), hidroalcoolico (EHMn) e etanólico (EEMn) das folhas de Morus nigra L. Para isso, foram realizadas análises por Cromatografia de Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Para a avaliação do efeitos vasodilatador, foram realizados experimentos de reatividade vascular em artéria aorta de ratos Wistar. Para o estudo da toxicidade, foram realizados os testes de Toxicidade Aguda por via oral (OECD-423) e teste de genotoxicidade. A análise dos constituintes mostrou semelhanças quanto ao perfil fitoquímico entre os extratos apresentando taninos hidrolisáveis, derivados cinâmicos, flavonoides. Já o ácido elágico foi encontrado apenas no EEMn. O EAMn apresentou maior teor de derivados flavonoídicos, rutina, ácido elágico e derivados ácido elágico, destacando-se dos demais. O efeito vasodilatador promovido pelos extratos foi restrito aos anéis com endotélio (EAMn: Emax= 37,4 ± 5,2% e pEC50= 8,65 ± 0,23, n=6, p<0,05 ; EHMn: Emax= 35,2 ± 4,4%, n=6 ; pEC50= 7,68 ± 0,26, n= 8 ; EEMn: Emax= 29,8 ± 7,6%; pEC₅₀= 8,22 ± 0,25, n=7). O efeito vasodilatador foi totalmente abolido na presença do L-NAME, indicando dependência da produção de NO pela Óxido Nítrico Sintase (NOS) para que haja vasodilatação. No ensaio de toxicidade aguda, os extratos EAMn, EHMn e EEMn não induziram alterações comportamentais e óbitos. Além disso, o EAMn não se apresentou genotóxico e/ou mutagênico. Portanto, nas condições experimentais utilizadas nesse trabalho, os extratos das folhas de M. nigra apresentaram efeito vasodilatador em artéria aorta de ratos Wistar, possivelmente devido aos constituintes fenólicos, bem como não apresentaram sinais de toxicidade.