Compreender textos de língua espanhola no vestibular de Pernambuco: captação ou negociação de sentidos?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: MOURA, Edilza de
Orientador(a): PINTO, Abuendia Padilha Peixoto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24343
Resumo: A função social atribuída aos exames vestibulares despertou o interesse deste estudo que se preocupou em investigar os pilares epistemológicos norteadores da elaboração de perguntas de compreensão, os tipos de raciocínio mobilizados para a obtenção das respostas e a adequação dessas perguntas para o desenvolvimento da compreensão textual. Partindo do pressuposto de que a compreensão depende, em grande parte, dos conhecimentos adquiridos pelo leitor e das estratégias mobilizadas por ele durante o processamento textual, esta investigação se propôs, principalmente, a identificar se a concepção de leitura predominante nas provas de vestibulares em espanhol estaria voltada para a mera identificação do(s) significado(s) do texto ou para a reconstrução e negociação de sentido(s) a partir do texto. O corpus foi constituído de exames de vestibulares de Língua Espanhola, realizados no estado de PE, entre os anos de 2000 a 2006. Os sujeitos envolvidos vivenciaram a experiência de ler textos em espanhol e, ao refletirem sobre sua cognição, informaram as principais dificuldades encontradas, as estratégias mobilizadas e os principais fatores que teriam impedido ou favorecido a compreensão. Quanto às questões de compreensão, verificou-se que prevalece o tipo de questão mais indicado para avaliar a leitura, ou seja, as inferenciais, embora seja ainda modesto o percentual que exploram a macroestrutura do texto. Ao término desta investigação constatou-se que os participantes fizeram uso autônomo e eficaz de muitas estratégias cognitivas e metacognitivas, visando à correção de possíveis falhas de compreensão; o redirecionamento da leitura; e a construção do significado do texto. Notou-se, inclusive, que os aprendizes interagiram muito bem com as questões que valorizavam a realização das inferências e que as perguntas de compreensão lexical, que priorizaram a fragmentação textual e a tradução de itens lexicais, foram as que mais dificultaram o reconhecimento das respostas.