Corpos visíveis: matéria e performance no cinema de mulheres
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18310 |
Resumo: | O cinema de mulheres, mobilizado pelos estudos feministas como campo de agenciamento da visibilidade, desafia a investigação contemporânea. Esta, busca situá-lo em função dos recentes paradigmas de gênero de ruptura com os binarismos e ênfase na dimensão política da corporeidade, e das atuais perspectivas de espectatorialidade e política da arte do campo cinematográfico. Neste trabalho, buscamos rever a perspectiva de autoria feminina como um processo de subjetivação política do corpo na obra de realizadoras que utilizam os próprios corpos como matéria fílmica. Consideramos o viés ontológico do corpo vivido, presente na obra de Beauvoir (1967) e revisitado pela abordagem recente do feminismo material, vinculado ao pensamento de Braidotti (2005) e as perspectivas de análise fílmica de Sobchack (1991, 2004), Del Rio (2008) e Marks (2000, 2002). Para tanto, empreendemos uma epistemologia estéticopolítica do corpo, mensurando a relação entre mente e corpo como central para a compreensão do lugar da mulher na arte. Posteriormente, observamos as perspectivas de autoria feminina no cinema, situando-as em relação ao status que os corpos em movimento adquirem no regime estético da arte (RANCIÈRE, 2005a, 2013), no qual o cinema desponta como locus privilegiado na articulação das distâncias entre arte e cotidiano. Por fim, analisamos filmes que trazem a presença fílmica, a performance cinematográfica e a dimensão háptica dos corpos das realizadoras, transitando entre obras de caráter deliberadamente encenado e de viés autobiográfico. Observamos que o corpo vivido emerge tanto como elemento de atração e engendramento de aspectos fílmicos, como o plano e a mise en scène, quanto como evidência política dos processos vitais destas mulheres. |