Avaliação da atividade antiproliferativa in vitro, inibição topoisomerase, interação com biomacromóleculas de derivados indol-tiossemicarbazônicos e estudo de docking

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: JACOB, Iris Trindade Tenório
Orientador(a): LIMA, Maria do Carmo Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
DNA
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48421
Resumo: O câncer é uma doença complexa e multifatorial caracterizada pelo crescimento celular descontrolado e configura-se como uma das principais causas de morte no mundo. Classificam- se em tumores hematológicos e sólidos, onde os hematológicos são compreendidos pela leucemia, linfomas Hodgkin e não-Hodgkin e acometem homens e mulheres em todo o globo. Entre os tumores sólidos, o câncer de próstata é a segundo tipo mais prevalente nos homens, enquanto que nas mulheres, o câncer de mama é o tipo mais comumente diagnosticado e a principal razão de morte, principalmente quando da ocorrência do câncer de mama inflamatório. O que reforça a existência de uma relação funcional entre inflamação e o câncer. Dentre as estratégias disponíveis para o tratamento do câncer, a quimioterapia continua sendo a abordagem terapêutica mais estabelecida e utilizada atualmente. Porém a toxicidade e resistência aos fármacos disponíveis é uma barreira para a resolubilidade desse conjunto de doenças, fazendo-se necessário a pesquisa e o desenvolvimento de novos tratamentos mais eficazes e confiáveis contra o câncer. Algumas análises, como o estudo de ligação à proteína sérica humana (HSA), e aos alvos biológicos: DNA e a topoisomerase II-alfa (topo), viabilizam o processo de descoberta de novos agentes terapêuticos. Nesta perspectiva, este trabalho propôs a avaliação antiproliferativo e de seus possíveis mecanismos de ação de vinte compostos indólicos-tiossemicarbazonas com atividade anti-inflamatória previamente descrita. Oscompostos LT foram analisados quanto à capacidade de ligação a HSA e ao DNA, e teste de ligação competitiva através das técnicas espectroscópicas de absorção e fluorescência. No estudo antiproliferativo, foi utilizada a técnica de MTT com as linhagens tumorais DU-145, Jukart, MCF-7 e T-47D e de macrófagos J774A.1. O ensaio de migração, foi realizada atravésdo teste de ranhura. A eletroforese em gel de agarose foi empregada para análise da inibição daenzima topo IIα. Na absorção com HSA, a maior constante de ligação foi 3,70 x 106, referenteao LT89 (alil/ 7-CH3) e na fluorescência, todos os compostos com exceção do LT76 e LT87, foram capazes de ocasionar a supressão fluorescente com a maior constante de Stern-Volmer para o LT88 (alil/ pirrol[2,3-b]piridina) 3,55 x 104. Na interação por absorção com o DNA, foram observados efeitos hipercrômico e hipocrômico, tendo o LT88 a maior constante de ligação (Kb) 1,05 x106 M-1. No ensaio com as sondas fluorescentes laranja de acridina (AO) e 4’-6-diamina-2’-fenilindol (DAPI), foi possível identificar que o modo de ligação ao DNA dos compostos LT é preferencialmente por intercalação entre os pares de bases. No ensaio antiproliferativo com a DU-145 e a Jurkat os compostos LT76, LT77 e LT87 se destacaram. Jácom a MCF-7 e T-47D, o menor IC50 foi do LT81 (1-naftil/4-NO2) em ambas as linhagens com valor de 0.74±0.12 e 0.68±0.10 respectivamente, seguido dos compostos LT76 e LT87. No ensaio de migração com a MCF-7, os três compostos mencionados anteriormente são capazes de inibir o processo de invasão celular com destaque para o LT76 que o fez em ambas as concentrações do teste (0,5 e 1,0 μM). Enquanto que na T-47D o processo de inibição ocorre principalmente por ação dos compostos LT76 e LT87. Assim como o controle positivo amsacrina, os compostos LT76, LT81 e LT87 foram capazes de inibir a ação enzimática da topo II-alfa. Associados a esses resultados, outros estudos se tornam necessários para consolidar omecanismo de ação tumoral desses compostos.