Transtornos mentais comuns e saúde mental positiva de trabalhadores de enfermagem
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49324 |
Resumo: | Os profissionais de enfermagem estão propensos ao desgaste mental, uma vez que desenvolvem seu trabalho em locais estressantes, insalubres e com uma série de riscos biológicos, físicos, químicos e ergonômicos, que expõem a situações de adoecimento. Os transtornos mentais comuns caracterizam-se por quadros clínicos compostos por sinais e sintomas não psicóticos e são considerados um importante problema de saúde pública, pois afetam o desempenho na vida pessoal, familiar, social e profissional do indivíduo. Por sua vez, a saúde mental positiva refere- se ao conjunto de caraterísticas psicossociais positivas que, além determinar a forma como o indivíduo percebe os seus vários contextos, possibilita à pessoa uma vida equilibrada, bem como pode funcionar como fator protetor da saúde mental. Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre os transtornos mentais comuns e a saúde mental positiva de trabalhadores de enfermagem. Trata-se de um estudo observacional analítico, de corte transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, integrante do Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco. A amostra foi composta por 384 profissionais de enfermagem que atuavam nas unidades assistenciais do referido hospital. A coleta de dados ocorreu no período de outubro a novembro de 2021. Foram utilizados três instrumentos: questionário para caracterização sociodemográfica, ocupacional, de condições de saúde e hábitos de vida; Self Reporting Questionnaire; e a Escala de Saúde Mental Positiva. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco, sob o parecer de número 4.964.689, e do Complexo Hospitalar HUOC/PROCAPE, sob o parecer de número 5.005.649. Os dados coletados foram consolidados em uma planilha no Microsoft Office Excel e analisados com o auxílio dos programas SPSS, versão 25, e MEDCALC, versão 19.2.6. A associação entre os transtornos mentais comuns e as variáveis sociodemográficas, ocupacionais, condições de saúde e hábitos de vida foi avaliada pelo teste Qui-quadrado de Pearson e o teste Exato de Fisher. Para avaliar o grau da relação entre duas variáveis numéricas, foi obtido o coeficiente de correlação de Spearman. Foram calculadas as razões de chances, com seus respectivos intervalos de confiança, e o valor de p<0,05 para fins de significância estatística. Os resultados indicaram que a maior parte dos trabalhadores apresentam altos níveis de saúde mental positiva (40,4%) e prevalência de 33,9% de quadro sugestivo de transtornos mentais comuns, tendo sido encontradas correlações negativas entre ambas. Observou-se, ainda, associação do quadro sugestivo de transtornos mentais comuns com variáveis sociodemográficas (gênero, faixa etária e filhos), ocupacional (vínculo de trabalho), condições de saúde e hábitos de vida dos trabalhadores (atividade física, dificuldade para dormir, horas de sono, satisfação com o sono, sensação de cansaço, estado geral de saúde, tempo para lazer, doença crônica e uso de medicação contínua). Este estudo permitiu concluir que elevados níveis de saúde mental positiva estão negativamente correlacionados com os quadros sugestivos de transtornos mentais comuns, demonstrando, assim, a importância da educação em saúde voltada para a promoção da saúde mental e prevenção de desordens psíquicas, visando a melhoria dos aspectos biopsicossociais desses trabalhadores. |