Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
FREIRE JUNIOR, Manoel Bastos Freire |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Thália Velho Barreto de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12973
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo avaliar as oportunidades pedidas no rastreamento para sífilis na gravidez e identificar os fatores que estão associados com a não realização do teste do VDRL no pré-natal do município do Recife-PE. Trata-se de um estudo de corte transversal, que foi realizado na maternidade Barros Lima. A população de estudo foi composta por uma amostra de 460 mulheres atendidas por término da gravidez e que tinham realizado pelo menos uma consulta de pré-natal. Os dados foram coletados utilizando-se de entrevistas face a face com questionário estruturado e por consulta a documentos como cartão de pré-natal e prontuários, o período utilizado para executar esta fase ocorreu entre o dia 1º de agosto ao dia 27 de outubro de 2013. Os principais resultados encontrados foram: relato do agendamento da consulta do pré-natal em 76% dos casos; ocorreu transmissão vertical da sífilis em 55,5% dos recém-nascidos de mães VDRL positivo; apenas 50% dos casos de sífilis em gestantes foram diagnosticados no pré-natal; 17,9% das mulheres não fizeram o VDRL; os principais motivos elencados para não realizá-los foram não conseguir marcá-los, demora para recebê-los, falta de tempo e distância do laboratório; 3,9% foi a prevalência da sífilis na gestação. Para o cálculo da medida de prevalência do desfecho, considerou-se aquelas mulheres que não relataram e/ou não possuíam registro no cartão da gestante sobre o resultado do VDRL. Para medir a associação entre as variáveis preditoras e o desfecho, foi calculada a razão de chances (Odds Ratio). A regressão logística foi utilizada para controlar o efeito de confundimento e possíveis interações entre as variáveis. As variáveis que mostraram associação estatisticamente significante com o desfecho do estudo, após esta etapa, foram: dificuldade para a realização do VDRL (OR 10,1; IC95% 2,9 – 34,6); realização da última consulta no primeiro ou segundo trimestre da gravidez (OR 5,4; IC95% 2,8 – 13); realização de cinco ou menos consultas (OR 3,7; IC95% 1,9 – 7,3), o não agendamento das consultas subsequentes (OR 2,3; IC95% 1,2 – 4,7) no pré-natal, ter 19 anos ou menos de idade (OR 2,89; IC95% 1,37 - 6,09) e ter tido três ou mais gravidezes (OR 2,4; IC95% 1,1 – 05). Os resultados mostram que a atenção pré-natal apesar de ter elevada cobertura precisa melhorar na qualidade. A eliminação da sífilis congênita ainda constitui um problema de saúde pública, cujo controle está longe de ser alcançado no município do Recife. |