Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
França, Márcia Gabrielle Oscar de |
Orientador(a): |
Vieira, Luciana Leila Fontes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10158
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Resumo: |
Esta pesquisa insere-se na área de estudos de gênero, tendo como objetivo geral investigar as concepções de feminino que norteiam a atuação de profissionais de um serviço de saúde destinado ao tratamento de mulheres dependentes químicas. O serviço de saúde em questão é público, e foi criado no Recife, no ano de 2004, pertencente à Rede de Atenção Integral às/aos Usuárias/os de Álcool, Fumo e outras Drogas. No que concerne à construção metodológica, efetuamos uma abordagem qualitativa do objeto estudado e realizamos entrevistas semiestruturadas, com as/os profissionais do serviço de saúde, as quais foram transcritas e submetidas à análise de conteúdo. Identificamos no conteúdo das entrevistas movimentos simultâneos de (des)construção e naturalização das concepções de sexo e gênero. Neste sentido, destacamos que em alguns momentos as/os profissionais reforçaram e, em outros, puseram em xeque a compreensão binária sobre o sistema sexo-gênero, ao falar sobre sua atuação na instituição. Muitos relatos aludem à existência, no serviço de saúde, de concepções de feminino e de práticas de intervenção que procuram romper com noções naturalizadas de gênero, com vistas a respeitar a singularidade das usuárias e evitar discriminá-las. Pontuamos que o investimento no estudo sobre gênero – que parece ser escasso na instituição – poderia contribuir para uma fundamentação teórica mais consistente das concepções de feminino e das práticas apresentadas pelas/os profissionais. Também vimos que para se entender as subjetividades das usuárias em sua complexidade, faz-se necessário articular os conhecimentos sobre gênero enquanto categoria analítica e a temática “uso de drogas,” uma vez que o processo de socialização de homens e de mulheres estimula ou condena determinadas práticas relacionadas às drogas, que são sustentadas por condições sociais hierárquicas, nas quais as mulheres comumente ocupam posição de desvantagem. Esta pesquisa tem capacidade de estimular a instituição a refletir sobre gênero, enquanto um princípio de organização social, o que pode ser útil para que repense suas concepções e suas práticas, de modo a torná-las politizadas, respeitando a pluralidade das subjetividades de seu público-alvo. |