Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
MONTEIRO, Eliana de Barros |
Orientador(a): |
MARTINS, Paulo Henrique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18693
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Resumo: |
A presente pesquisa teve como objetivo compreender narrativas discursivas sobre a temática indígena em diferentes culturas e contextos escolares da região do sub-médio São Francisco. Para além de buscar compreender modos de representação social sobre os povos indígenas, dentro dos espaços e práticas pedagógicas, e pensando em diferentes percepções da interculturalidade dada no ‘campo intersocietário’ da investigação, buscouse compreender, através de um “contextualismo radical”, continuidades, rupturas e (re)elaborações sobre os povos indígenas, por meio da análise de práticas discursivas de professores/as e estudantes. As perguntas que nortearam a investigação foram: 1) Quais categorias são acionadas quando se aborda a temática indígena? 2) Como se articulam as noções de ‘diferença’, ‘diversidade’ e ‘interculturalidade’ nas práticas discursivas de estudantes e professores? 3) Em quais cenários podemos falar da (im)possibilidade do intercultural? e, isso posto, 4) Em que medida é possível encontrar uma polissemia da interculturalidade nos contextos investigados? A construção de dados se deu de maneira ampla, em diferentes situações de produção de narrativas discursivas, de onde construí a análise por meio da triangulação resultante da etnografia do observado no cotidiano escolar, da observação da prática docente e de contextos de ação política, bem como da realização de grupos de discussão com estudantes da educação básica e do ensino superior, além do recurso da entrevista narrativa. Partindo das leituras teóricas do pensamento decolonial, evidenciou-se estruturas organizativas da colonialidade de poder e de saber nas culturas escolares investigadas, assim como movimentos de ruptura dessas colonialidades, através de mecanismos de (re)elaboração discursiva sobre os povos indígenas e pelos povos indígenas, especialmente quando analiso a experiência de Educação diferenciada do povo indígena Truká (PE). Através das categorias de ‘identificação’, ‘diferenciação’, e ‘posicionalidade’, foi possível identificar múltiplas narrativas discursivas sobre os povos indígenas, bem como de identificar uma polissemia de percepções acerca da interculturalidade e da dimensão intercultural entre atores sociais indígenas e não indígenas, interlocutores da investigação. |