Rotinas familiares de cuidadores de crianças com paralisia cerebral à luz da teoria de Betty Neuman

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BUARQUE, Bruna de Souza
Orientador(a): CAVALCANTI, Ana Márcia Tenório de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29120
Resumo: Ter uma criança com paralisia cerebral causa grande impacto na rotina familiar. A família, logo, necessita de suporte adequado às suas necessidades e, assim, a enfermagem poderá identificar as principais dificuldades enfrentadas nesta rotina. A assistência poderá ser mediada pela Teoria de Betty Neuman, cuja finalidade é fundamentar a prática do enfermeiro, ao direcioná-la visualização do indivíduo no contexto familiar e com das implicações no processo saúde-doença. O objetivo do estudo é analisar rotinas familiares de cuidadores de crianças com paralisia cerebral à luz da Teoria de Betty Neuman. Caracteriza-se por ser um estudo descritivo, transversal com abordagem qualitativa, realizado com cuidadores de crianças com paralisia cerebral. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura a fim de dar aporte cientifico ao tema estudado. Foram consultadas as bases de dados BDENF, LILACS, SCOPUS e CINAHL, no período de 2006 e 2015, com a pergunta norteadora: “Quais as práticas de Enfermagem realizadas com famílias de crianças com paralisia cerebral?”. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a coleta resultou em 05 artigos. Posteriormente, o estudo seguiu em conformidade com a Resolução nº466/12 e foi realizado no ambulatório do Serviço de Terapia Ocupacional do Hospital das Clínicas - UFPE em Recife - PE, em 2016. Para obtenção dos dados, realizou-se uma entrevista individual com os cuidadores de crianças com paralisia cerebral e concomitantemente foi construídos Genograma e Ecomapa, com a participação ativa do cuidador, conforme proposto pelo Modelo Calgary de Avaliação da Família. O questionário semi-estruturado era composto das questões norteadoras: “Como é a rotina de cuidados com o seu filho/familiar?”, “O que mudou na sua vida após o nascimento do seu filho/familiar?” e “Como é o suporte dos profissionais da saúde com os cuidados da criança?”. De acordo com os resultados da dissertação, construíram-se um artigo de revisão integrativa da literatura intitulado “Práticas de Enfermagem à família de crianças com paralisia cerebral”, e outros dois artigos originais, “Genograma e ecomapa das famílias de crianças com paralisia cerebral à luz do Modelo Calgary” e “Rotinas familiares dos cuidadores de crianças com paralisia cerebral à luz da Teoria de Betty Neuman”. Constatouse que as práticas de Enfermagem voltadas às famílias de crianças com paralisia cerebral ainda não são suficientes, embora haja o reconhecimento da relevância das suas intervenções. No segundo artigo, verificou-se que por meio do Modelo Calgary de Avaliação da Família, as ações de enfermagem tem maior potencial no enfrentamento das adversidades vivenciadas pelas famílias, a partir da construção do Genograma e Ecomapa para reconhecimento da composição familiar e as relações com o meio e entre si. No terceiro artigo, após análise dos dados fundamentados na Teoria de Betty Neuman, foi possível identificar, nas falas das cuidadoras, que as famílias enfrentam mudanças: aceitação do diagnóstico, separação conjugal, abandono do trabalho, preconceito e falta de acessibilidade. Para tanto, o suporte social pode reduzir os fatores estressores das rotinas familiares. O conhecimento de tais fatos permite ao enfermeiro condições de propor intervenções adequadas em todos os níveis de prevenção, para auxiliar no enfrentamento das dificuldades.