Avaliação da qualidade de vida de cuidadores primários de crianças com paralisia cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rodrigues, Erica Masruha [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9036
Resumo: Objetivo: avaliar a qualidade de vida de cuidadores primários de crianças com diagnóstico de paralisia cerebral (CPC), bem como investigar sua relação com fatores socioeconômicos e o tipo de paralisia cerebral e comorbidades da criança por eles cuidada e compará-la com a de cuidadores primários de crianças saudáveis (CS). Métodos: entrevistas diretas com CPC que tenham filhos entre as faixas etárias de seis meses a 12 anos. Utilizou-se um questionário preestabelecido com questões sobre o grau de disfunção da criança, classificando-a com auxílio do GMFCS, reabilitações, medicamentos e aparelhos usados. O cuidador respondeu a questões pessoais de nível socioeconômico, tempo dedicado à criança, percepção de si mesmo quanto à presença de sintomas ansiosos ou depressivos, avaliação sobre o padrão de sono e sonolência diurna, mediante o uso da escala de sonolência de Epworth, e a qualidade de vida pelo questionário SF-36. Para o diagnóstico de depressão, aplicou-se o inventário de Beck e para transtornos de ansiedade os inventários de ansiedade traço-estado IDATE-T e IDATE-E. Os cuidadores foram escolhidos, de forma aleatória, em ambulatórios de neurologia infantil da UNIFESP/EPM, por meio de convite pessoal ou telefônico, e comparados a CS, que também entraram no estudo de forma aleatória. Resultados: foram avaliados 45 cuidadores de crianças com PC e 50 controles. A maioria eram mães que apresentavam nível de escolaridade inferior ao dos CS, ganho mensal também menor, trabalhavam menos tempo fora de casa, tinham significativamente menos que CS uma situação conjugal com união estável e dedicavam várias horas do dia ao cuidado da criança com PC. Não mostraram diferenças estatisticamente significativas em relação à qualidade de vida dos cuidadores de crianças com desenvolvimento normal e com PC, na comparação dos resultados nos domínios da escala SF-36. Os fatores socioeconômicos influenciaram significativamente todos os domínios da qualidade de vida. Os fatores relacionados à doença da criança não influenciaram os resultados quanto à qualidade de vida dos CPC. Conclusões: todos os domínios da qualidade de vida dos CPC apresentaram grande influência dos fatores socioeconômicos, como idade, escolaridade, renda familiar, união estável e horas dedicadas à criança.