Vazio e quebra da good continuation em microcontos e curtas-metragens de ficção: implicações teóricas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
Brasil Letras Programa de Pós-Graduação em Letras UFPB |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/22773 |
Resumo: | A literatura segue redescobrindo a própria estética, fazendo surgir ou evidenciando novos gêneros, já que existe “o gosto pelo fragmento que nasce com o romantismo (...), o gosto pelo inacabado, pela obra aberta” (CANDIDO, 2017, online). Por tais razões, esta pesquisa de mestrado é metateórica e pretende mostrar como as narrativas ficcionais minimalistas, sejam literárias ou cinematográficas, abrem maiores possibilidades para vazios e quebras da good continuation na interação com o leitor real, haja vista a brevidade dessas estruturas estéticas aumentarem a probabilidade de ficcionalidade e, consequentemente, a emancipação. Esses conceitos compõem a fenomenológica Teoria do Efeito Estético, do teórico literário alemão Wolfgang Iser, que descreve características universais ocorridas durante o subjetivo ato de leitura, considerando a necessidade humana de ficcionalizar descrita pela Antropologia Literária. A partir do que escreve a professora brasileira Carmen Sevilla G. dos Santos em sua tese de pós-doutorado (2017), vemos que os processos estudados por Iser são mais facilmente observáveis em nossa experiência estética com o cinema, sendo aqui um dos pontos em que essas duas artes dialogam, no que concerne às apreensões (in)conscientes do sujeito. A fim de demonstrar a premissa da dissertação, serão utilizados mapeamentos de quatro microcontos de uma linha – Sem caixão (Adrienne Myrtes); O coroinha era o culpado (André Ricardo Aguiar); O olhar (Manoel Carlos Karam); 41. história só com princípio e fim (Marina Colasanti); – e quatro curtas-metragens de ficção do Mobile Film Festival com até 1min.30s – Leo never gives up (Balint Klopfnstein-Laszlo); Karma (Félix Dobaire e Timé Bulliard); Yes, no (Matteo Tibiletti); Unsung Hero (Vinamra Pancharia), visando subsídios para inferir que, quanto mais breves forem, maior a probabilidade de a Gestalt ser aberta, dada a estética condensada. Isso ocorre porque tais artes possuem não ditos e, geralmente, provocam um impacto maior na leitura/expectação do leitor/espectador. Desse modo, descreveram-se as especificidades dessas estruturas sucintas, discutindo seus processos de formulação do objeto estético. |