Avaliação das condições térmicas em escolas públicas no semiárido paraibano segundo os princípios da arquitetura bioclimática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinheiro, Wilma Fernandes lattes
Orientador(a): Santos, Joel Silva dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento: Gerenciamento Ambiental
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29719
Resumo: Baseado no enfoque bioclimático da arquitetura que envolve uma inter-relação entre ambiente construído, elementos climáticos e bem-estar humano, este estudo buscou analisar as condições térmicas em duas escolas públicas localizadas na região semiárida do Nordeste brasileiro, especificamente na cidade de Cajazeiras/PB, e suas relações com os princípios da arquitetura bioclimática local. Para essa avaliação, utilizou-se do monitoramento e registro das variáveis climáticas (temperatura do ar e umidade relativa do ar) em duas etapas, por meio de aparelhos termo higrômetros HOBO Data Logger U-10 instalados em duas salas de aula de cada escola, sem ocupação, com janelas abertas e portas fechadas. Na primeira etapa, foram coletados dados de temperatura do ar e umidade relativa do ar em 7 dias do período seco da região (de 15 a 22 de setembro de 2021). Na segunda etapa, os dados microclimáticos foram coletados durante 7 dias em meses do período chuvoso da região (31 de janeiro de 2022 a 07 de fevereiro de 2022) para fins de análises comparativas. A coleta com salas desocupadas permitiu um maior controle dos dados, pois não sofreu influências do calor interno produzido pela ocupação e, também, da interferência do sistema de resfriamento. Além das salas de aula, dois pontos externos, em cada uma das escolas, serviram como referência da temperatura externa. Os resultados demonstraram que os quatro pontos internos monitorados apresentaram Índice de Desconforto Térmico (IDT) oscilando entre desconfortável à parcialmente confortável. Além disso, os ambientes internos, no período noturno e nas primeiras horas do dia, apresentaram temperaturas mais elevadas que os ambientes externos. Essas constatações comprovaram que os ambientes construídos avaliados nesta pesquisa estão desconectados com os princípios bioclimáticos adequados para essa região do semiárido paraibano. A comparação dos dados climatológicos permitiu observar que a sala de aula com ventilação cruzada é favorável ao conforto térmico, nas primeiras horas do dia. As relações dos dados coletados com os materiais utilizados na cobertura, mostraram que as telhas de fibrocimento contribuíram para o aumento das temperaturas, enquanto as telhas de cerâmica e a laje inclinada absorveram menos radiação térmica para o interior do ambiente, transferindo menos calor para o interior do ambiente. A proximidade com vegetação no entorno imediato apresentou-se como um outro parâmetro diferenciador, com influência na diminuição das temperaturas e, sobretudo, no aumento da umidade relativa do ar.