Caracterização de ilhas de calor e conforto térmico em áreas urbanas do semiárido brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BEZERRA, Péricles Tadeu da Costa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16824
Resumo: O presente trabalho objetivou identificar ilhas de calor (IC), determinar o nível de desconforto térmico e avaliar a influência da arborização no microclima em áreas urbanas do semiárido brasileiro. As atividades de campo foram divididas em três etapas: obtenção de dados de estações meteorológicas automáticas instaladas em Mossoró-RN, Serra Talhada-PE, Petrolina-PE e Juazeiro-BA durante o período úmido (12 a 26/05/2007) e o período seco (15/11 a 05/12/2008); coleta de dados em Petrolina-PE durante todo o ano de 2012; avaliação da influência da arborização no microclima urbano em Juazeiro-BA durante o período seco (24/10/2012 a 09/11/2012). As ilhas de calor foram caracterizadas pelas diferenças de temperatura do ar entre os ambientes urbano e rural, enquanto o desconforto térmico foi determinado ao adaptar a formulação proposta por Thom para cálculo do índice de desconforto térmico (IDT), obtendo-se equações ajustadas para valores máximos (IDTx) e mínimos (IDTm) desse índice. Por fim, a influência da arborização no microclima foi avaliada comparando-se dados climáticos de área com e sem arborização em Juazeiro-BA. Os resultados obtidos evidenciaram ocorrência de ilhas de calor de forte intensidade, com destaque para IC = 5,3 ºC em 28/04/2012, na área urbana de Petrolina-PE, onde, durante o ano de 2012, o IDTx indicou desconforto térmico por sete meses (pontualmente de janeiro a maio e intensamente entre novembro e dezembro) e conforto parcial nos demais meses (junho a outubro). Contudo, na área rural desse mesmo município, o IDTx caracterizou desconforto térmico em apenas dois meses (novembro e dezembro) e conforto parcial nos demais (janeiro a outubro). Com relação ao IDTm, a área urbana de Petrolina-PE apresentou conforto térmico em quatro meses de 2012 (meados de junho a meados de outubro), sendo os demais caracterizados por conforto parcial, enquanto que na área rural, o IDTm registrou conforto térmico de fevereiro a maio (pontualmente), de junho a outubro (intensamente) e conforto parcial nos demais meses do ano. Ficou evidenciado que elementos constitutivos da área urbana contribuem efetivamente para a formação e expansão de ilhas de calor que geram desconforto térmico para seus habitantes. Os resultados também sugerem que a arborização pode ser instrumento eficaz para mitigar o desconforto térmico nas cidades da região.