Quanta vida cabe em cinco anos ? Leituras nas aulas de história sobre raça, gênero e classe a partir do diário Quarto de Despejo (1960)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ramires, Rosane Silva lattes
Orientador(a): Maior Júnior, Paulo Roberto Souto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Ensino de História (PROFHISTÓRIA)
Departamento: História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31841
Resumo: Esta dissertação concentra-se nos estudos acerca da História e Literatura em sala de aula, cuja fonte histórica a ser analisada é a obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada (1960), de Carolina Maria de Jesus, e parte do capítulo 12 do livro didático História, Sociedade e Cidadania (2018), de Alfredo Boulos, do 9º ano do Educação Básica. Na obra, observamos as reflexões contidas no diário sobre a vivência da autora enquanto mãe, mulher, negra, catadora de papelão e moradora da Favela do Canindé (SP), e no livro, nos atentamos ao discurso desenvolvimentista presente durante a segunda década de 1950 no governo de Juscelino Kubitschek. Para esse fim, buscamos pensar, na nossa pesquisa, o letramento histórico, ampliando assim a construção do ensino-aprendizagem numa perspectiva horizontal, cooperativa, antissexista e decolonial no ensino de História. Tais discussões contribuem para o alargamento de possibilidades de recontar a história, observando tanto as dores como as ressignificações realizadas por mulheres invisibilizadas, não pertencentes ao padrão homogêneo, branco e elitista e pouco discutido nos livros didáticos. Para nosso embasamento teórico, utilizamos autoras como: Pesavento (2004); Bittencourt (2008); Schmidt (2009); Crenshaw (2002); Louro (2012); Lugones (2019); Petit (2009; 2019); Hooks (2017); Vergés (2020); Schwarcz (2015); Rocha (2020); Soares (2009; 2011); Pearce (1978); Bassanezi (2022); e autores como Freire (2015); Meiyer (1998); Geraldi (2010), entre outras/os. Nesse sentido, a pesquisa qualitativa ocorre através da análise de conteúdo do gênero textual diário. O produto final é o roteiro de uma peça teatral a ser desenvolvido na rede básica sobre a autora referida.