Do diário ao romance: representação literária em Quarto de despejo (1960) e Pedaços da fome (1963), de Carolina Maria de Jesus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Costa, Ana Karoliny Teixeira da lattes
Orientador(a): Pereira, Rogério Silva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/601
Resumo: Toma-se como perspectiva o estudo de aspectos capazes de nos dar pistas das novas formas representativas que ocorrem no espaço fronteiriço do Modernismo com a Literatura Brasileira Contemporânea. Para tanto, propomos uma análise minuciosa dos gêneros literários produzidos por Carolina Maria de Jesus, sendo eles, o seu primeiro trabalho publicado Quarto de despejo: diário de uma favelada ([1960], 2004) e o único romance publicado Pedaços da fome (1963). As escolhas referentes à escritora e às respectivas obras fundamentam-se na proposta levantada por Bakhtin (2003) acerca de que a cada comunidade ou cada esfera de comunicação humana corresponderá um universo de gêneros de comunicação. O que se deixa entrever, nesse sentido, que uma alteração na esfera de comunicação, poderá ser visualizada nos gêneros produzidos por ela. Assim, trazemos para este trabalho a proposta de refletir até que ponto Carolina Maria de Jesus está à vontade entre os gêneros literários por ela escolhidos, bem como, o modo como desempenha a função de se autorrepresentar. São discussões que faremos à luz de teóricos, tais como: Candido (1990) e Bueno (2006), para análise da representação literária; Lejeune (2008) e Miranda (2009), para o estudo do gênero diário; Bakhtin (2003), Robert (2008) e Lukács (2000), para a compreensão do gênero romance. Deste modo, através do diálogo entre obras e teorias, teremos condições de constatar, entre outros aspectos, o nascimento de uma ‘nova’ escritora de romance Carolina Maria de Jesus, por vezes diversa da diarista; e o pioneirismo de Pedaços da fome para a Literatura Brasileira, com o projeto que visa ‘educar’ a elite, como veremos.