A interprofissionalidade na formação em residências em saúde: perspectivas e práticas dos residentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Nathália Gregório da lattes
Orientador(a): Almeida, Luana Rodrigues de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Saúde da Família
Departamento: Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31053
Resumo: A interprofissionalidade ocorre quando profissionais de diferentes núcleos de formação atuam mutuamente no sentido de promover cuidado integral ao sujeito ou à comunidade, em uma perspectiva de interação de saberes. Para a formação de uma força e trabalho qualificada para o trabalho interprofissional, todos os atores envolvidos precisam compreender a importância e o impacto de apoiar ações de ensino no serviço visando o desenvolvimento de práticas colaborativas na produção do cuidado em saúde. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi compreender os elementos da interprofissionalidade no processo de formação em saúde em duas Residências em Saúde, na perspectiva de residentes. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. Participaram nove residentes de dois programas de residência um multiprofissional em saúde coletiva e de Medicina de Família e Comunidade. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas, que foram gravadas e transcritas. Também foi utilizado o diário de campo como instrumento para produção do material empírico. Os dados foram analisados, segundo a teoria da análise de conteúdo de Bardin, e dispostos em quatro categorias e subcategorias temáticas. De acordo com os participantes da pesquisa, ainda há alguns obstáculos na efetivação da interprofissionalidade no processo formativo nas residências. Foram apontadas fragilidades especialmente na falta de momentos de Educação Permanente em saúde para o trabalho interprofissional promovidos pelos programas de residência. Contudo, os residentes encontraram espaços propícios ao trabalho colaborativo nos serviços onde foram inseridos, fator que viabilizou o trabalho em equipe durante a realização das atividades e colaborou para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências interprofissionais dos residentes. Os resultados também sinalizaram que a consolidação de programas de residência em regiões como o sertão paraibano é um grande avanço na oferta do cuidado qualificado, porém precisa de maior integração entre a instituição ofertante e os gestores municipais no sentido de esclarecer o papel do residente dentro do serviço. O momento pandêmico no qual os residentes executaram suas atividades pode ter influenciado nos resultados desse estudo, visto que foram necessárias mudanças consideráveis no processo de trabalho durante esse período, portanto, mais pesquisas devem ser realizadas buscando aprofundar-se na temática da Educação Interprofissional no processo formativo das Residências em Saúde, uma vez que atualmente a interprofissionalidade tem sido vista como elemento essencial no cuidado em saúde integral, centrado no paciente.