Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Gisely Castor de
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Orientador(a): |
López, Juan Ignacio Jurado Centurión
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30196
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivo comparar e aproximar as obras "A cidade das damas" de Christine de Pizan e "Resposta a Sor Filotea de la Cruz” e “Homens Néscios que acusáis" de Juana Inés de La Cruz. Ambas as autoras abordaram um pensamento utópico em suas escritas. Mesmo que o termo "utopia" não existisse na época de Pizan, o sentimento de um "não lugar" estava presente em sua obra, assim como o desejo por justiça. De acordo com Hilário Franco (2021), esse anseio por um mundo mais justo é classificado como "Utopia da Justiça". A aproximação entre as autoras foi alcançada através da teoria da Residualidade de Roberto Pontes (2006), que permitiu reconhecer arquétipos reproduzidos nas mentalidades das épocas das duas escritoras, e do conceito de longa Idade Média de Le Goff (2015), que aponta que a mudança de um período para outro ocorreu apenas no século XVIII. O medievalista defende que a própria América se tornou berço para o medievo. Neste trabalho, observamos uma clara interdisciplinaridade entre história e literatura. De acordo com Jaume Aurell (2006), a interdisciplinaridade contribui para uma visão abrangente de um período. O pesquisador recomenda que se ponderem o presente e o passado, para evitar anacronismos. Através das obras, teorias e conceitos apresentados, refletimos sobre como o exercício da utopia foi utilizado para ampliar as representações femininas na história e possibilitou reivindicações impensáveis nos séculos das autoras. Também reconhecemos resíduos comuns na mentalidade das sociedades das escritoras e consideramos o impacto que essas mulheres tiveram na construção de uma sociedade mais igualitária para homens e mulheres. |