Transformação digital e ambidestria: evidências em uma empresa varejista regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Azevedo, Isaac Almeida Moraes Oliveira de lattes
Orientador(a): Machado, André Gustavo Carvalho lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Administração
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30279
Resumo: A introdução de tecnologias digitais altera substancialmente os parâmetros de competição no mercado e exige, de empresas incumbentes, transformações na forma de criar, capturar e apropriar-se do valor, equilibrando seus esforços entre a manutenção de negócios atuais e novos negócios. Entretanto, como uma firma incumbente lida com a tensão entre exploration e exploitation em meio à transformação digital? Este trabalho, portanto, objetiva caracterizar as ações pelas quais uma firma incumbente tem gerenciado a tensão entre exploration e exploitation em meio ao processo de transformação digital no setor varejista. Para isso, adotouse uma estratégia de estudo de caso único. A coleta de dados ocorreu, principalmente, por meio de entrevistas com gestores, complementada por análise documental, e técnicas de análise de conteúdo foram adotadas para melhor compreender os achados da pesquisa. Evidencia-se que a firma passou por um processo de transformação digital crucial para sua sobrevivência durante a Pandemia da Covid-19, sendo direcionada pela pressão do mercado e concorrentes à entrada no meio digital. Surgiram novos negócios (e-commerce e marketplace) para atender à demanda dos consumidores digitais e expandir sua penetração de mercado. Mudanças na estratégia, estrutura, sistemas de distribuição de poder e de controle ocorreram moderadamente, com poucas modificações culturais, caracterizando o negócio digital como um complemento ao físico. Para que as ações de manutenção dos negócios incumbentes e a exploração de novos negócios ocorressem simultaneamente, utilizou-se da ambidestria por separação de domínio e da ambidestria sequencial. Conclui-se que a firma passou por um processo de transformação digital e utilizou uma abordagem ambidestra para o mesmo. O trabalho contribui com a literatura e com a prática evidenciando os possíveis caminhos tomados por uma firma incumbente para balancear esforços entre negócios físicos digitais, expondo que os caminhos tomados por uma firma desse porte são adaptados à sua diretriz estratégica e à sua disposição em competir fortemente no mercado digital ou não, revelando a contingência desse processo.