Estado nutricional de populações expostas ao mercúrio: estudo observacional de coorte nas regiões do rio Tapajós e Tucuruí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MACHADO, Camila Lorena Rodrigues lattes
Orientador(a): LÓPEZ, Maria Elena Crespo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8893
Resumo: As comunidades ribeirinhas da Amazônia são populações vulneráveis expostas a fatores que dificilmente são encontrados nas populações do resto do país (desde a biodisponibilidade da riqueza natural Amazônica até o isolamento geográfico). Entretanto, pouco se sabe sobre as características antropométricas e hábitos alimentares dessas comunidades. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo do estado nutricional e do consumo alimentar de comunidades ribeirinhas das regiões do rio Tapajós e Tucuruí através da análise de parâmetros antropométricos (Índice de massa corpórea, circunferência da cintura, razão cintura-quadril e circunferência do pescoço), bem como análise do perfil alimentar. Foram incluídos neste estudo 234 indivíduos adultos (143 do Tapajós e 91 de Tucuruí). Os resultados mostraram que 77% e 65% da população do Tapajós e de Tucuruí, respectivamente, apresentam 2 ou mais parâmetros antropométricos alterados, mostrando a predominância de pré-obesidade e obesidade nestas populações. As mulheres apresentaram riscos maiores de desenvolver doenças relacionadas à obesidade. Nos hábitos alimentares, tiveram destaque o consumo de frutas tanto na região do Tapajós (87,3%) como na região de Tucuruí (89%), bem como o consumo de peixes (Tapajós 97,9% e Tucuruí 95,6%) e farinha (Tapajós 86,6% e Tucuruí 86,8%). Verificamos também que as populações apresentam hábitos alimentares saudáveis, porém, consomem determinados alimentos que estariam influenciando no estado nutricional atual, assim como o modo de preparo. É de extrema importância estudos que envolvam as populações ribeirinhas, visto que estudos que incluem essas populações são escassos, sendo necessárias medidas educativas e de saúde pública para conscientizar a melhora dos hábitos alimentares e a importância da prática de atividade física para evitar os problemas relacionados à saúde.