Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, João Paulo Góes |
Orientador(a): |
Oliveria, Edivaldo Herculano Corrêa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4701
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Resumo: |
O mercúrio (Hg) é considerado um poluente em escala global, e apesar de seus efeitos mais conhecidos estarem relacionados às suas propriedades neurotóxicas, há evidências de que esse metal também causa danos ao material genético, ou seja, é um agente genotóxico. Devido a grande versatilidade desse metal, proporcionada por suas propriedades físico-químicas, apresenta aplicação em diversas atividades produtivas. Dentre as que envolvem Hg direta e indiretamente, a garimpagem do ouro é a que provoca grande preocupação mundial quanto à epidemiologia e saúde ambiental. Isso porque uma quantidade massiva deste metal é utilizada para recuperar o ouro presente na rocha e, posteriormente, é liberada no ambiente durante a purificação do ouro. Como há atividade garimpeira na Amazônia, em grande parte por empreendimentos ilegais, há muitos indivíduos em vulnerabilidade, pois se encontram expostos durante todo o processo extrativo do ouro, incluindo o final da cadeia de beneficiamento, as lojas de compra e venda de ouro. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo avaliar efeitos genotóxicos provocados pelo nível de exposição ao vapor de Hg a que estes indivíduos se encontram expostos em casas de comercialização de ouro no município de Itaituba. Calculando-se o nível de exposição na urina dos indivíduos considerados expostos, foi encontrada média geométrica de 10,36 µg. L-1 (variando entre 0,689 - 449,21 µg. L-1), nível médio considerado do valor de normalidade para limite de exposição ocupacional, de acordo com a NR-07 do tem, esta concentração se difere do grupo não exposto cuja média geométrica foi cerca de 7 vezes menor, 1,58 µg. L-1. Entretanto, houve a detecção de trabalhadores cujos valores superam o limite considerado seguro. A avaliação de genotoxicidade através do Ensaio Cometa (EC) e Micronúcleo (MN) revelou que a diferença de exposição entre o grupo controle e o exposto não foi capaz de evidenciar danos no DNA, mesmo levando em consideração variáveis de confundimento como tabagismo e etilismo, sexo, idade, tempo de exposição. Esses dados indicam que, apesar da exposição às formas orgânicas do Hg, em especial o MeHg, causarem danos ao DNA, incluindo quebras e perdas cromossômicas, a exposição ao vapor de Hg (forma elementar), não produziu alterações genotóxicas detectáveis, possivelmente devido às diferentes características toxicocinéticas. |