Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
CAMPOS, Núbia Fernanda Santos da Silva
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Orientador(a): |
CRESPO LÓPEZ, Maria Elena
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8140
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Resumo: |
As doenças cardiovasculares destacam-se como a principal causa de morte no Brasil e no mundo, por representar um terço das mortes e o principal gasto com assistência médica. Entre 2000-2010, o número de óbitos por doenças cardiovasculares em cem mil habitantes aumentou até 28% na região Norte, estando as dislipidemias e a Síndrome Metabólica entre os principais fatores de risco. Esses valores tornam-se mais preocupantes, pois podem estar subestimados em virtude de subnotificações consequentes ao isolamento geográfico da região, que é característico do Norte do Brasil. As dislipidemias correspondem a alterações no perfil lipídico plasmático, e representam um critério para a diagnose de síndrome metabólica. A síndrome metabólica pode ser definida como um conjunto de alterações metabólicas, como a hiperglicemia, dislipidemia, hipertensão arterial e obesidade. Recentemente, estudos em modelos animais e clínicos têm demonstrado o risco aumentado da doença aterosclerótica e hipertensão com a exposição ao mercúrio. Na região do rio Tapajós, vários trabalhos vêm demonstrando a exposição humana nas populações ribeirinhas que consomem peixe contaminado com metilmercúrio. Também, dados recentes do nosso grupo mostram que as comunidades ribeirinhas do Tucuruí apresentam elevados níveis de mercúrio. Assim, o objetivo deste estudo observacional de coorte foi analisar as possíveis alterações lipídicas e a presença de síndrome metabólica, em comunidades ribeirinhas da região amazônica: Boa Vista do Tapajós, Barreiras, Pimental, Brasília Legal, Fordlândia e Pedra Branca (Tapajós), Vila Cametá e Comunidade de Ouro Verde (Tucuruí) com histórico de exposição mercurial. Para isso, foram realizados os cálculos do índice de massa corpórea (pelo peso e estatura), aferições da pressão arterial, análises do perfil glicêmico (glicemia de jejum) e lipídico, pelas dosagens plasmáticas de triglicerídeos, colesterol total, HDL e pelos cálculos de LDL, VLDL e colesterol não HDL. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, um total de 337 indivíduos adultos de ambos os sexos (220 do Tapajós e 117 de Tucuruí) foram analisados. Elevados níveis médios de obesidade e frequências elevadas de indivíduos que apresentaram dislipidemias foram detectados, especialmente em Tucuruí, onde as frequências foram ainda maiores que no Tapajós. Também, foram identificadas elevadas percentagens de indivíduos com síndrome metabólica (14% a 35% dependendo da definição adotada). Os critérios adotados pela NCEP se revelaram os mais sensíveis para a identificação da síndrome metabólica (SM) nessas populações. O fator que mais contribui para a detecção da presença da SM foi o nível de HDL baixo, presente em 32% dos indivíduos com SM. No Tapajós, o segundo e terceiro fatores mais frequentes foram os níveis elevados de triglicerídeos e glicose, no entanto em Tucuruí foi a pressão arterial alterada e os triglicerídeos elevados. Em conclusão, nosso estudo fornece, dados epidemiológicos sobre a prevalência de dislipidemia, sobrepeso e obesidade, hipertensão arterial e síndrome metabólica em adultos ribeirinhos da Amazônia. Somando-se a isso, a avaliação epidemiológica do perfil lipídico é uma ferramenta importante para a promoção de medidas de saúde que visa prevenir e reduzir fatores de risco cardiovascular. |