Parceria enquanto dimensão da governança ambiental para o manejo florestal comunitário na Amazônia: o caso da floresta nacional do Tapajós

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ESPADA, Ana Luiza Violato lattes
Orientador(a): VASCONCELLOS SOBRINHO, Mário lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia
Departamento: Núcleo de Meio Ambiente
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7628
Resumo: Nesta dissertação analisou-se a contribuição da parceria no manejo florestal comunitário para a gestão de recursos naturais e desenvolvimento local em florestas públicas da Amazônia brasileira. Os objetivos específicos foram compreender os mecanismos de funcionamento das parcerias e como elas influenciam na implementação do manejo florestal comunitário em florestas públicas; compreender se existem relações desiguais de poder nas parcerias e se os parceiros lançam mão de mecanismos para compensar tal desequilíbrio; e analisar os benefícios que as parcerias aportam na implementação e consolidação do manejo florestal comunitário, propondo recomendações para a busca do desenvolvimento local pautado na gestão dos recursos naturais. Os conceitos teóricos que fundamentam o estudo são da governança ambiental, parceria e desenvolvimento local por envolverem diferentes atores atuando de forma sinérgica para a promoção da melhoria da qualidade de vida, bem-estar social e uso sustentável dos recursos naturais. A metodologia foi baseada em um estudo de caso único de uma cooperativa comunitária que executa manejo florestal na Floresta Nacional do Tapajós, região oeste do Pará. Os resultados revelam que o manejo florestal comunitário nesta floresta pública foi implementado e aprimorado a partir de uma rede de parceiros envolvendo governo, sociedade civil organizada, empresa, universidade e comunidades locais. Mostram, ainda, que existem relações desiguais de poder nas relações entre os parceiros e inexiste uma estratégia para as parcerias, enfraquecendo o capital social estabelecido. Mesmo assim, as parcerias contribuem para a formatação da gestão coletiva dos recursos florestais, a qual se mostra eficiente e qualificada, ao permitir a geração de trabalho, renda e aperfeiçoamento técnico e profissionalizante dos moradores da floresta. O modelo de gestão do manejo florestal comunitário na Floresta Nacional do Tapajós é referência nacional e internacional, sendo fruto da atuação de diversos parceiros institucionais, políticos e técnicos e que promovem, cada um com sua expertise, as bases para o desenvolvimento local do oeste do Pará, Amazônia.