Efeitos adversos do novo tratamento para tuberculose no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ALBERIO, Carlos Augusto Abreu lattes
Orientador(a): VIEIRA, José Luiz Fernandes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9167
Resumo: A tuberculose continua sendo um problema de saúde pública em todo o Brasil. Diversos esforços têm sido realizados objetivando aumentar suas taxas de cura, como o emprego da estratégia DOTS (Tratamento Diretamente Observado por Curto Período) que visa reduzir os casos de abandono e melhorar a adesão ao tratamento. Em decorrência do aumento da resistência primária a isoniazida, o Ministério da Saúde modificou o esquema terapêutico, ajustando as doses da isoniazida e da pirazinamida, e acrescentando o etambutol na fase intensiva do tratamento. Pela ausência de dados sobre efeitos adversos em sujeitos brasileiros sob este novo esquema terapêutico, este estudo objetivou descrever a ocorrência dos referidos eventos, comparando-os ao tratamento anterior. Para tanto, foi realizado estudo transversal, retrospectivo, analítico, no período de setembro a dezembro de 2011, com levantamento de dados de prontuários médicos de 35 sujeitos sob o novo tratamento e 42 sob o antigo tratamento, em um serviço de referência secundária para o tratamento da tuberculose na cidade de Belém (Pará). O efeito adverso maior mais frequente no novo tratamento foi a hepatopatia, enquanto que o efeito adverso menor mais comum foi a irritação gástrica. A hepatopatia foi mais frequente nos pacientes que realizaram o antigo tratamento. A irritação gástrica e o prurido cutâneo foram mais frequentes no gênero feminino, enquanto que os pacientes a partir da quarta década de vida apresentaram maior ocorrência de prurido cutâneo. Aqueles em retratamento apresentaram maior ocorrência de irritação gástrica e artralgia, independente do tratamento. Já a hepatopatia foi mais frequente nos pacientes considerados casos novos que realizaram o antigo tratamento. Na evolução temporal dos efeitos adversos, o prurido cutâneo e a artralgia foram mais frequentes no início dos tratamentos. No antigo tratamento, a neuropatia apresenta maior ocorrência a partir da metade da terapia, enquanto que a cefaléia apresenta distribuição irregular. Tais dados indicam que o novo tratamento para tuberculose reduziu a ocorrência de hepatopatia.