Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Vanessa Suzane Gonçalves dos
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Orientador(a): |
SALES, Germana Maria Araújo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8079
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Resumo: |
Com a ascensão do romance moderno, o espaço dos prefácios, também chamados prólogos, preâmbulos, advertências, ao leitor, ideias preliminares, serviu como lugar de debates, onde se buscava dar forma à estética romanesca e se procurava atribuir alguma credibilidade ao romance. Essas questões também se fizeram presentes em prefácios de romancistas brasileiros e portugueses quando da ascensão e consolidação do romance em seus países, em meados do século XIX, questões que também circularam entre os dois países por meio da importação de livros, sobretudo no que concerne ao movimento transatlântico Portugal-Brasil. Camilo Castelo Branco foi um dos escritores portugueses muito apreciados por estas bandas, cujas obras são abastadas de textos prefatórios que abordam, dentre outros aspectos, aqueles referentes ao romance enquanto gênero novo e rodeado por desconfianças. As obras de Camilo formaram, ao longo do tempo, imponentes acervos em grandes bibliotecas do país, a exemplo do acervo Camiliana, no Grêmio Literário Português, Estado do Pará, onde estão presentes inúmeros textos produzidos, traduzidos e editados pelo escritor lusitano, além de obras que a ele fazem referência, cujo destaque recai sobre a expressiva presença de romances, os quais são, em sua maioria, primeiras edições. Dessa forma, tomando por base os prólogos das primeiras edições dos romances: Amor de perdição (1862), Estrellas funestas (1862), Annos de prosa (1863), Amor de salvação (1864), Mysterios de Fafe (1868), O retrato de Ricardina (1868), e da segunda edição de O romance d’um homem rico (1863), disponíveis no referido acervo, procuramos, sobretudo, refletir sobre as imagens e opiniões que o autor constrói e projeta a respeito do próprio gênero e do seu possível leitor, a fim de compreender a sua visão acerca de questões tão comumente associadas ao romance, como a relação entre realidade e ficção e ficção e moralidade, compreensão esta que não oblitera a leitura e o diálogo com os textos ficcionais propriamente ditos, aos quais os prefácios estão condicionados. Para tanto, abordamos, nos dois capítulos que antecedem a análise dos prólogos camilianos, respectivamente: aspectos referentes à ascensão do romance, a sua aclimatação em Portugal e o seu cultivo por Camilo Castelo Branco; a aclimatação do gênero no Brasil, a importância da criação de espaços destinados à leitura e a descrição física do acervo Camiliana, que nos serve de corpus. |