Avaliação das anormalidades do metabolismo mineral ósseo em pacientes portadores de lipodistrofia e HIV positivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Danielle Lima de lattes
Orientador(a): LIBONATI, Rosana Maria Feio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9198
Resumo: Os avanços na terapia antirretroviral (TARV) suprimiram marcadamente a atividade virótica e aumentaram a longevidade daqueles que vivem com HIV/SIDA; entretanto, uma variedade de anormalidades metabólicas relacionadas ao tratamento foi descrita após a introdução da TARV combinada. Entre estas complicações, as alterações da densidade mineral óssea merecem destaque, não só por suas implicações em longo prazo, mas também pelos dados conflitantes disponíveis na literatura atualmente. OBJETIVO: avaliar as alterações das densidade mineral óssea, e correlacioná-las ao sexo, idade, índice de massa corpórea, tipos de lipodistrofia, níveis laboratoriais de cálcio sérico, paratormônio e vitamina D e perfil hormonal. METODOLOGIA: neste estudo transversal foram analisados 77 pacientes HIV positivos com síndrome lipodistrófica em tratamento com a terapia antirretroviral altamente ativa (TARV), e inscritos no ambulatório de lipodistrofia do Hospital Universitário João de Barros Barreto. O exame clínico dos pacientes envolveu a medida do peso, altura e circunferência abdominal. Os exames laboratoriais realizados incluíram a medida de cálcio sérico, vitamina D, paratormônio, estradiol (mulheres e homens), testosterona (homens). Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com a forma de lipodistrofia: mista, atrófica e hipertrófica. RESULTADOS: a maioria dos pacientes era do sexo masculino, e a forma de lipodistrofia predominante foi a mista. O tempo médio de infecção após o diagnóstico do HIV foi de 10,98±6,03 anos. A prevalência de osteopenia foi 61,03% e osteoporose foi 25,97%. Os pacientes do sexo masculino apresentaram com maior freqüência osteoporose em colo femoral e as pacientes do sexo feminino, em coluna lombar. A osteoporose em coluna lombar foi mais prevalente na forma mista de lipodistrofia e em colo femoral e demonstrou ser semelhante entre as formas mistas e atrófica de lipodistrofia. E a frequência de osteoporose ocorreu em todas as sequências de idade no sexo masculino, sendo no feminino apenas após os 50 anos. CONCLUSÃO: a prevalência de osteoporose aumenta de acordo com a idade no sexo feminino. Não houve associação entre DMO e a forma de lipodistrofia.