A reestruturação produtiva e a evolução industrial no Pará (1980-2010)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SOARES FILHO, José do Egypto Vieira lattes
Orientador(a): PONTE, Marcos Ximenes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11162
Resumo: Esta tese trata da evolução industrial no Estado do Pará, aliada ao fenômeno da reestruturação produtiva no período de 1980 à 2010. A investigação dessa temática, com a averiguação das suas contradições, foi amparada por consistente referencial teórico que explica como uma economia industrial primária exportadora e periférica pode evoluir e se consolidar em uma economia industrializada produtora de bens manufaturados com robustos encadeamentos locais. Configura-se como uma pesquisa de história econômica, cujo instrumento metodológico adotado foi o histórico, o comparativo e o estatístico, com utilização de amplo levantamento bibliográfico, documental e quantitativo, junto às instituições públicas e privadas, e ainda, a obtenção de dados secundários que embasaram as análises e conclusões sobre a evolução das atividades industriais paraenses. Delineou-se uma função evolutiva composta de variáveis e indicadores, que possibilitou descrever e explicar as contradições existentes na trajetória da economia industrial no período proposto. Os resultados evidenciaram uma frustrante endogenia na sócio-economia local, pela ausência de possíveis efeitos á montante e a jusante que possibilitassem encadeamentos dinâmicos num processo verticalizado de produção com elevado valor agregado e de expressivo conteúdo tecnológico, indutores do desenvolvimento local. Constatou-se ainda, que o sistema produtivo paraense ocupa um ranking histórico pífio frente ao PIB brasileiro de magnitude relativa abaixo de 2%, sendo fortemente gerado pelo setor terciário da economia – comércio e serviços-, tendo pelo aspecto industrial a influência marcante do setor exportador, paradoxalmente de base primária mineral, cujos produtos (insumos) revelam-se de baixíssimo nível de agregação de valor, desprovidos da devida e necessária transformação industrial. As evidências, quer de indústrias motrizes, pólos econômicos, cadeias produtivas, clusters ou arranjos produtivos locais, não foram reveladas ao longo deste estudo, demonstrando que a base produtiva paraense é eminentemente geradora e exportadora de commodities.