Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
MORAES, Mery Helen Cristine da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufra.edu.br/handle/123456789/300
|
Resumo: |
A agricultura na Amazônia está em processo de mudança na forma de cultivar a terra por meio da adoção de sistemas de produção mais eficientes para o contexto regional. Selecionou-se 23 quintais de agricultores familiares colaboradores da Cooperativa D’Irituia, município de Irituia, Pará. Objetivou-se caracterizar e analisar quanto aos aspectos socioeconômicos, agroecossistemas familiares e agrobiodiversidade dos quintais. Utilizou-se o auxílio do recurso audiovisual, o georreferenciamento, entrevista, caminhada transversal, inventário florístico e observação participante. Realizou-se análise estatística, índice de Shannon & Wienner (H’), índice de Pielou (J) e similaridade de Jaccard. Os homens representam 65% e as mulheres 35% do total de colaboradores. A agricultura é a principal atividade de 83% dos informantes. Na composição familiar os homens, estão representando por 56% do total, enquanto as mulheres 55% do total dedicam-se às atividades domésticas, contudo 9% do total estão investindo no ensino de nível superior. A área protegida (Reserva Legal e Preservação Permanente) ocupa o maior uso da área dos agroecossistemas (73%). A venda da produção de alimentos representou 58% da renda familiar total, com produção média anual de 6.411 kg, onde 82% foram destinados para a venda e 18% para o autoconsumo. O uso de sistemas agroflorestais (SAFs) representou 44% da renda anual da produção de alimentos. Na tipologia baseada no sistema de produção, observam-se apenas agricultura (61%), seguida da agricultura e extrativismo (30%) e pecuária (9%). Registrou-se a contagem de 4.067 indivíduos de plantas, abrangendo 166 espécies, distribuídas em 136 gêneros e 65 famílias. A Euterpe oleracea Mart. foi a espécie mais usada no autoconsumo familiar e a mais frequente entre as espécies (19%). As famílias Fabaceae (10%) e Arecaceae (9%) foram as mais frequentes. O índice de diversidade de Shannon-Wiener para todos os quintais inventariados foi igual a 3,26 nats.indivíduo-1 e o de equabilidade de Pielou foi de 0,70. A análise de agrupamento para os testes de similaridade não foi estatisticamente significativa (<95%). A quantidade média em kg da produção de alimentos do quintal foi relacionada com índice de diversidade (H’) e a idade de formação do quintal, a análise não foi significativa (p>0,05). A análise do índice de H’ em relação ao nível socioeconômico dos agricultores colaboradores, também não foi significativa (p>0,05). A produção média anual de alimentos dos quintais foi de 1.175 kg, representando 22% da produção total de alimentos, onde a maioria (79%), também foi destinada para a venda. A renda anual referente à venda da produção de alimentos nos quintais representou 34% da renda referente à venda da produção total nos agroecossistemas e 20% da renda familiar total. Apesar da relação do índice de diversidade e nível socioeconômico não ser significativo, os agricultores pesquisados utilizam, principalmente, os produtos da agrobiodiversidade para aumentar a renda e complementar a necessidades nutricionais da família. A adoção de SAFs pelos agricultores contribui na geração de renda aliada à conservação da biodiversidade, podendo auxiliar no manejo mais adequado dos agroecossistemas familiares, por conta, das potencialidades que o quintal agroflorestal oferece em relação à disponibilidade de alimentos saudáveis, recursos madeireiros, entre outros. |