Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Paula Francyneth Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFRA/Campus Belém
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/917
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Resumo: |
A Cooperativa Agropecuária dos Agricultores Familiares Irituenses (D’Irituia) foi criada em 6 de abril de 2011 objetivando acesso a mercados para comercializar a produção oriunda dos SAFs. No entanto, apesar de buscarem preços justos para seus produtos, após oito anos de criação, ainda enfrenta sérios problemas relacionados à comercialização. Por essa razão, objetivou-se identificar e analisar a atuação da cooperativa na organização de seu processo produtivo para agregar valor aos produtos oriundos de SAFs, a fim de verificar os canais acessados pela instituição. Para isso, 29 entrevistas foram validadas em uma amostra de 90,63% do quadro de 32 cooperados. As ferramentas para a coleta de dados foram: análise documental, entrevista em profundidade com a Diretoria e aplicação de questionários aos cooperados. A cooperativa é formada por 58% de homens e 42% de mulheres. 73% dos cooperados detém a posse e o título da terra e 61% possui o Cadastro Ambiental Rural. As propriedades variaram de 0,3 a 74 hectares e 75,86% possui Declaração de Produtor Orgânico. 73% está desenvolvendo forma de produção totalmente orgânica e 62% adota o controle fitossanitário alternativo. 76% não tem acesso a acompanhamento técnico e dispõe apenas de recursos próprios para desenvolver a atividade produtiva. Mensalmente, 66% dos cooperados transformam frutas em polpas. A quantidade produzida de frutas in natura equivale a 83.240 kg. O total de produção de polpas foi de 7.801 kg. No que diz respeito à transformação da mandioca, seus derivados representam um total de 14.030 kg. O jambu desponta como o principal produto de toda a produção hortícola, o que equivale a 3.315 kg. Os cooperados desenvolvem receitas diferenciadas, ou seja, novidades produtivas. A cooperativa precisa atuar na regularização ambiental de seus cooperados através de parcerias com as instituições responsáveis pelo cadastramento ambiental rural, isto certamente irá colaborar positivamente para a captura de valor. Quanto a análise de mercados, a falta de padronização das embalagens e rotulagem dos produtos são um dos principais problemas que interferem na comercialização realizada pela cooperativa. No que diz respeito ao favorecimento da captura de valor, prevalecem as novidades produtivas como forma de produção diferenciada, a maior qualificação dos cooperados, a não utilização de insumos químicos para a limpeza de área, o comprometimento dos cooperados em produzir de forma sustentável, além da qualidade dos produtos. Sendo assim, as atividades produtivas se forem desenvolvidas de forma coordenada, colocarão a D’Irituia em uma cadeia produtiva que agrega valor, uma vez que a produção de base agroecológica oriunda de SAFs, transforma produtos específicos em novidades produtivas e oferece amplos benefícios para sociedade e meio ambiente. Dessa feita, não se pode aceitar H1, pois foi constatado que a cooperativa funciona como meio de ligação comercial que facilita contratos de compras aos cooperados, porém, não captura o valor total que seus produtos diferenciados possuem. |