Evento de friagem na Amazônia Central e sua influência nas variáveis micrometeorológicas e na química da atmosfera
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10610 |
Resumo: | O foco central deste estudo foi compreender melhor as interferências ambientais causadas pelo fenômeno de Friagem numa região de floresta no centro da Amazônia, tendo em vista os aspectos micrometeorológicos e da química da atmosfera. Para tanto foram utilizados dados do sítio de pesquisa do Amazon Tall Tower Observatory (ATTO), que faz parte do Programa da Larga Escala Biosfera-atmosfera na Amazônia (LBA), dados das estações de superfície dos aeroportos internacionais de Porto Velho-RO e Manaus-AM, além das reanálises do ECMWF Era-Interim (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) e simulações numéricas de alta resolução concebidas pelo modelo de mesoescala JULES-CCATT-BRAMS. Primeiramente investigou-se os impactos do avanço da Friagem no ambiente da escala da Bacia Amazônica através das reanálises ERA-interim, com essas informações observou-se uma onda de ar frio e seco penetrando a região amazônica no sentido Sul/Norte, entre os dias 6 e 11 de julho de 2014. As reanálises do dia 11 mostraram que o escoamento de Sudoeste relacionado a Friagem convergiu com os ventos de Leste na região central da Amazônia, e as imagens do canal infravermelho do satélite GOES-13 mostraram que a interação entre essas duas massas de ar distintas gerou forte atividade convectiva nesta região, quando também foi registrada uma precipitação de 21mm no sítio ATTO. Analisou-se então, a temperatura do ar e direção do vento próximo a superfície em Porto Velho e Manaus e acima do dossel no sítio ATTO, notando-se que a chegada da Friagem causou queda brusca de temperatura e predominância de ventos no quadrante Sul nestas três localidades, sendo que esses efeitos foram vistos em Porto Velho entre os dias 7 e 8 de julho e em Manaus e sítio ATTO entre os dias 9 e 11 de julho. A partir daí as análises foram concentradas nos dados coletados no sítio ATTO, onde observou-se que a redução da radiação incidente devido a atividade convectiva no dia 11 de julho, implicou em redução nas concentrações de O3 a partir das 15:00 UTC deste dia, indicando uma interferência indireta da Friagem na química da atmosfera. Por fim, as simulações numéricas revelaram que o escoamento relacionado a Friagem é pouco profundo e restrito aos níveis verticais inferiores a 500 m, além disso, as simulações mostraram também que as circulações de brisa do lago da Balbina não influenciaram na química atmosférica na região do sítio ATTO na ocasião da Friagem, ainda que o centro do lago tenha apresentado maiores concentrações de NO2, CO e O3 em comparação a superfície da floresta no seu entorno. |