Avaliação da ação da precipitação nas erosões na área urbana do município de Rondon do Pará-PA, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ROSA, Amanda Gama lattes
Orientador(a): SOUSA, Adriano Marlisom Leão de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Museu Paraense Emílio Goeldi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9459
Resumo: Os eventos de desastres naturais têm recebido muito destaque nos últimos anos em função da sua magnitude e intensidade, além do efeito que têm causado sobre a população. A população urbana é uma das mais afetadas, especialmente aquela que ocupa áreas impróprias dentro das cidades, como encostas, áreas baixas que sofrem inundação, áreas sem drenagem adequada, entre outras. Um dos eventos mais recorrentes em áreas urbanas e que estão em evidência no Estado do Pará são os processos erosivos. E é no contexto paraense, mais especificamente no território urbano do Município de Rondon do Pará (Mesorregião do Sudeste Paraense), que este trabalho foi desenvolvido, a fim de gerar informação acerca destes eventos para o poder público e para a população residente, que vem sofrendo com a consequência destes desastres. Para isto, foi avaliado, inicialmente, o comportamento da chuva e seus efeitos sobre as erosões na região, através da análise da Normal Provisória gerada para o local, a partir de dados dos satélites CMORPH, do Balanço Hidrológico e da análise de um estudo de caso dos eventos registrados no município. Posteriormente, através do cálculo e análise da erosividade da chuva (R) de 1999 a 2015 e com projeções para 2035, seu período de retorno e probabilidade de ocorrência, buscou-se identificar qual período do ano e em quais anos é mais provável a perda de solo por erosões. Com base na análise da distribuição e comportamento da chuva na região, foi observado, através da normal provisória, que o ano hidrológico inicia em outubro com a estação chuvosa e finaliza em setembro com o fim a estiagem, sendo o mês de março o mais chuvoso e agosto o menos chuvoso. O balanço hidrológico exibiu excedente hídrico nos meses de janeiro a abril e deficiência hídrica de junho a novembro, havendo reposição a partir de dezembro com a retomada das chuvas. Os casos de erosão apresentaram distribuição anual semelhante à distribuição da precipitação, indicando sua grande influência sobre os mesmos. A análise individual dos casos mostrou que a erosão pode ser decorrente tanto de precipitação ocorrida no dia do evento como acumulada nos cinco dias antecedentes ao evento, sendo este último caso o mais comum. Quanto à análise da erosividade, observou-se que, com base nas análises de 1999 a 2015, o valor do fator R foi 16.390 MJ mm ha-1h-1ano-1, com probabilidade de 47% de ser igualado ou superado pelo menos uma vez a cada 2,1 anos. No período de 2016 a 2035, o valor de R foi 13.038 MJ mm ha-1h-1ano-1. Entre fevereiro a abril e janeiro a abril, são prováveis as maiores perdas de solo para 1999-2015 e 2016-2035, respectivamente. A partir das análises realizadas neste trabalho, foi possível indicar quais os períodos do ano em que são esperadas maior quantidade e intensidade de eventos erosivos.