Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
ALONSO, Wagner de Lima
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
SILVA, Joel Cardoso da
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes
|
Departamento: |
Instituto de Ciências da Arte
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8666
|
Resumo: |
Nesta pesquisa, exploramos, com base nos filmes ficcionais Um dia qualquer e Brutos inocentes de Líbero Luxardo, ambos integrantes do chamado Ciclo Amazônico de sua produção de cineasta, as relações entre música instrumental e cena em sua síntese, naquilo que se pode afirmar não ser mais apenas imagem e tampouco música isoladas, mas um amálgama característico da linguagem cinematográfica, ou das expressões. Nesse estudo, que se inscreve na linha de pesquisa Trânsitos e estratégias epistemológicas em artes nas amazônias, pretendemos explicar o processo de criação cinematográfica de Líbero Luxardo ao utilizar a música nos filmes do Ciclo Amazônico referidos; contribuir para as pesquisas teórico-reflexivas sobre o cinema a partir da produção local; e colaborar para a difusão da relevância da música na constituição da linguagem cinematográfica. Dessa maneira, consideramos, neste trabalho, um filme como obra singular, dotada de autonomia, capaz de estabelecer um texto em que a leitura seja engendrada pelas características de sua narrativa e seus dados visuais e sonoros. Para realizar o estudo, não empregamos integralmente nenhuma proposta metodológica fundada em pré-concepções, antes utilizamos um modelo diverso, fundado na Filosofia que nos oferece uma abordagem do objeto denominada Fenomenologia, a qual julgamos mais adequada ao nosso trabalho, por valorizar um modo de tentar dizer o que as coisas são pela sua descrição enquanto fenômeno, por entender que o exterior e o interior das coisas coincidem, ou seja, que uma coisa é como ela é, de tal modo que, se desejarmos dizer o que algo seja, devemos percebê-lo, contatá-lo como fenômeno, como algo que se processa em nosso campo perceptivo e, a seguir, sem pré-noções, descrevê-lo. Essa abordagem norteará todas as etapas descritivas. Assim, nosso percurso na análise dos filmes foi direcionado pelo seguinte ciclo: identificação das sequências do filme nas quais há música instrumental incidental; descrição das imagens das sequências selecionadas; descrição da música das mesmas sequências; identificação das relações entre música e imagem; e, finalmente, comentários sobre as relações entre imagem e música em cada cena, relacionando-os, quando possível, com a bibliografia sobre o assunto. Também consideramos que os filmes de Luxardo devem ser tomados como obras inscritas numa história das formas e estilos cinematográficos, assim, na última etapa proposta, estabelecemos um diálogo das relações identificadas entre música e imagem de seus filmes estudados com algumas teorias existentes sobre o tema, e utilizamos como pressupostos teóricos, principalmente, Carrasco (2003), Chion (2011, 2015), Matos (2014), Radigales (2008), Tragtenberg (2008) e Xalabarder (2013), signatários da ideia de que música e cena em suas relações ampliam as possibilidades de significações e ressignificações na percepção do espectador. As teorias que subsidiaram a pesquisa foram obtidas por pesquisa bibliográfica em meios impressos e digitais. Com esse modelo, buscamos um equilíbrio entre o teor interpretativo dos comentários e o fornecimento de informações que possam torná-los verificáveis, estimulando o debate e a continuidade da construção desse conhecimento. |