Só as coisas rasteiras me celestam: o contemporâneo e as suas insignificâncias em Manoel de Barros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LOPES FILHO, Antônio Augusto do Canto lattes
Orientador(a): GUIMARÃES, Mayara Ribeiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8812
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo explorar, por meio de categorias de interpretação, as matérias poéticas na obra de Manoel de Barros. A pesquisa parte de uma discussão a respeito da crise de verso, um dos traços mais substanciais da Literatura Moderna, que, ao estudá-la revela as mudanças de perspectivas pelas quais a poesia tem passado desde os fins do século XIX até hoje. Em seguida, a utilização do prefixo des, tão recorrente nesse exercício poético, como construção autônoma das palavras: deslimites. Por fim, de que maneira os versos manoelinos inserem-se no contemporâneo; e a singular figura do ínfimo, enaltecedora das coisas do chão. O estudo construiu-se perante a indagação das questões, acima apresentadas, por meio das obras retiradas da edição de Poesia Completa (2013): Matéria de Poesia (1970), O Guardador de Águas (1989), O Livro das Ignorãças (1993), Livro Sobre Nada (1996) e Retrato do Artista Quando Coisa (1998); e é fundamentado, principalmente, com o aporte teórico de Marcos Siscar acerca da crise de verso ao questionar o estado da poesia brasileira contemporânea; de Alberto Pucheu no que se refere à descrição estabelecida por ele a Manoel de Barros: poeta-pensador, pois a origem é um argumento constante nessa poesia; de Maurice Blanchot quanto à morte da nomeação na Literatura e Giorgio Agamben a partir do questionamento do que é ser contemporâneo.