Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
PINHEIRO, Adriana de Sá
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Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0001-9580-536X |
Orientador(a): |
BOTELHO, Eliã Pinheiro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15688
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Resumo: |
Introdução: Desde a descoberta do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da síndrome de imunodeficiência humana adquirida (AIDS) no início da década de 80, a epidemia tornou se um grave problema de saúde pública devido à sua rápida disseminação mundial. No Brasil, embora a taxa de detecção média de HIV e AIDS tenha apresentado uma redução de 9,4% nos últimos dez anos, nas regiões Norte e Nordeste apresentou crescimento (44,2% e 24,1%, respectivamente). O Pará ocupa a 8a posição a nível nacional em taxa de detecção do HIV e AIDS (23,6 casos por 100.000 hab.). Objetivo: analisar a série histórica da epidemia do HIV no Estado do Pará. Tratase de estudo ecológico de série temporal, no qual foram analisados dados secundários coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período entre 2007 e 2018 nos 144 municípios do Estado do Pará. Foram utilizadas as seguintes variáveis: sexo, idade, raça/cor, escolaridade, categoria de exposição e município de residência. Foram incluídos no estudo somente residentes no Pará e os maiores de treze anos de idade. Para o cálculo da taxa de incidência de HIV e AIDS foi considerada como variável o número de casos novos de HIV e AIDS em residentes maiores de 13 anos, dividido pelo número da população total residente na mesma faixa etária nos municípios, regiões e estado e multiplicada a razão por 100.000. Foram calculadas as variações percentuais anuais (APC) nas taxas de incidência através da modelagem pelo método Joinpoint. Para a análise das variáveis epidemiológicas entre os dois períodos definidos, utilizouse o teste do quiquadrado e análise de resíduos. Considerouse estatisticamente significantes os valores de p≤0,05. Resultados: As taxas de incidência de HIV e AIDS nos anos de 2007 e 2018 apresentaram um incremento de 420%. Foi identificado um ponto de inflexão para a série, separandoa em dois períodos de tendências: 2007 a 2012 (G1) e 2012 a 2018 (G2). No G1 observouse um crescimento da incidência com uma variação percentual anual de 1,6% (IC=15.0 a 21.5; p≤0,05), já para o G2 a variação foi de 29,8% (IC=19.9 a 40.5; p≤0,05). Observouse mudanças nos perfis de idade e escolaridade entre G1 e G2: em G1 os adultos, com baixa escolaridade, foram os mais afetados pela a epidemia, enquanto no G2 a população jovem e com nível escolar elevado. Consoante análise das tendências de infecção ao HIV juntamente com a exploração das dinâmicas socioeconômicas dos municípios cujo casos de HIV foram mais incidentes em cada uma das mesorregiões do estado (Oriximiná, Belém, Bragança, Abaetetuba, Marabá, Parauapebas e Altamira), verificamos que a incidência foi maior nos municípios com melhores condições socioeconômicas, mas que possuem menores cobertura de Estratégia Saúde da Família. A identificação na alteração do perfil das novas infecções, direcionam a visualização das populaçõeschave, bem como epidemia localizada e suas formas de disseminação para adoção de políticas públicas de saúde competentes ao manejo da infecção pelo HIV. |