Representação social do HIV para jovens que vivem com a doença: uma perspectiva temporal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Assis, Gabriela Porto Salles de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18488
Resumo: O objeto do presente estudo refere-se às representações sociais do Vírus da Imunodeficiência Humana/Aids (HIV/aids) para jovens que vivem com a doença. O objetivo geral é analisar os conteúdos das representações sociais do HIV/aids para jovens vivendo com o vírus, a partir de uma perspectiva temporal. Os objetivos específicos são: descrever as representações sociais do HIV/aids para jovens que vivem com HIV e discutir os conteúdos das representações sociais do HIV/aids em diferentes momentos de vivência da doença — no passado, no presente e no futuro — entre jovens que vivem com HIV. Como referencial teórico adotou-se a Teoria das Representações Sociais, associada ao conceito de temporalidade. O estudo foi desenvolvido com 24 participantes acompanhados em 5 centros de atendimento especializado, nas cidades do Rio de Janeiro, Rio das Ostras e Macaé, no estado do Rio de Janeiro. As análises estatísticas descritivas para a caracterização do grupo foram realizadas com o auxílio do software Excel; as entrevistas foram submetidas à análise lexical realizada com o auxílio do software IRAMUTEQ. O grupo estudado caracterizou-se pelo sexo masculino (66,7%), entre as idades de 21 a 24 anos (54,1%), com ensino médio completo (37,5%), jovens desempregados (50%), sem companheiro (54,2%), que se declararam evangélicos (33,3%) e que possuíam até um ano de ciência do diagnóstico (45,8%). As classes resultantes foram denominadas: Classe 1 — “Qualidade de vida no contexto de jovens que vivem com HIV”; Classe 4 — “A aids no contexto das relações sociais e familiares de jovens que vivem com HIV/aids no passado, presente e futuro”; Classe 5 — “Impacto do HIV e da aids no cotidiano dos jovens que vivem com HIV no passado, presente e futuro”; Classe 2 — “Atendimento aos jovens que vivem com HIV e aids no Programa de DST/aids no presente e no futuro”; Classe 3 — “Os ARVS no cotidiano dos jovens que vivem com HIV na atualidade”. Os resultados apontam que a aids se constitui como um objeto de representação que abarca dois grandes eixos estruturadores: um primeiro relativo à qualidade de vida dos jovens na sua vivência com o HIV e a aids, ao mesmo tempo em que localiza o vírus e a doença no contexto das relações sociais e familiares, atualmente e no futuro, e no cotidiano de vida do grupo, contextualizado no passado, no presente e no futuro. Um segundo eixo revela a construção de uma representação apoiada no apoio institucional e nas ações de cuidado associadas aos antiretrovirais, especialmente no momento atual. Conclui-se que o HIV/aids se constitui como um objeto complexo de representação, modulado pelo tempo no qual o grupo de jovens se localiza ao longo da sua trama discursiva, impactando as práticas de cuidado e de autocuidado.