Correlação clínico-patológica em pacientes HIV/AIDS submetidos à autópsia: uma abordagem retrospectiva
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9925 |
Resumo: | Introdução: Em pouco mais de 40 anos, a infecção pelo HIV passou de um agravo restrito a determinados grupos populacionais de risco para uma epidemia global, com grande impacto na saúde. Com o advento da terapia antirretroviral (TARV), houve mudanças ao longo do tempo nas causas de óbito e achados patológicos nos pacientes HIV/AIDS, com o aumento da prevalência de doenças graves não relacionadas à AIDS. A análise das taxas de concordância entre o diagnóstico ante mortem e o diagnóstico post mortem é um dos principais modos de avaliação da performance diagnóstica, bem como do monitoramento das mudanças nas causas de óbito nesta população, utilizando a autópsia como padrão-ouro. Objetivo: Avaliar a concordância geral entre os diagnósticos clínicos ante mortem de causas de óbito com os diagnósticos de autópsias, em pacientes HIV/AIDS submetidos à autópsia na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), de 2014 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, tendo como população de estudo pacientes HIV/AIDS acompanhados na FMT-HVD que evoluíram a óbito e foram submetidos a autópsia entre 2014 e 2019. Utilizou-se a concordância observada e índice Kappa para comparar os resultados do diagnóstico clínico ante mortem e da autópsia. As discordâncias identificadas foram categorizadas conforme a classificação de Goldman. Resultados: Cento e uma autópsias foram incluídas no estudo e um total de 48/101 casos (47,6%) foram identificados como casos de discordâncias de classe I, em que a autópsia revelou um diagnóstico diferente do diagnóstico clínico, com potencial impacto na sobrevida ou tratamento do paciente. Achados críticos como infecções não tratadas (37 de 48 casos; 77,1%), neoplasias não diagnosticadas (8 de 48 casos; 16,7%) e outras patologias (3 de 48 casos; 6,2%) foram categorizados nesta classe. Houve 36,7% de concordância geral na causa básica do óbito, e a maioria dos pacientes veio a óbito devido a doenças relacionadas a AIDS. Conclusão: A taxa geral de discordância clínico-patológica foi de 63,3%, o que demonstra que o exame de autópsia continua a ser uma ferramenta importante para determinar as causas de óbito, especialmente em pacientes acometidos pelo HIV, além de sua implicação para a pesquisa e para o ensino dos profissionais médicos. |