Petrografia, geoquímica e geocronologia de diques máficos a félsicos da região de Água Azul do Norte, Província Carajás, sudeste do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: RODRIGUES, Paulo Roberto Soares lattes
Orientador(a): LAMARÃO, Claudio Nery lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10690
Resumo: Na região de Água Azul do Norte, sudeste do Pará, diques máficos a félsicos afloram em área peneplanizada sob a forma de cristas descontínuas seccionando granitos anorogênicos e rochas encaixantes arqueanas. Eles ocorrem preferencialmente segundo a direção NW-SE formando corpos tabulares subverticais com espessuras de até 30m. Quatro grupos de diques foram individualizados: diabásios, andesitos, riolitos e feldspato-alcalino riolitos. Geoquimicamente são basaltos, andesitos basálticos, andesitos e riolitos metaluminosos a fracamente peraluminosos de afinidade toleítica. Nos diagramas de Harker, os diabásios apresentam os menores conteúdos de SiO2 e TiO2 e os mais elevados de FeOt, MgO e CaO, refletindo a composição mineralógica dessas rochas formadas predominantemente por plagioclásio e clinopiroxênio. Os andesitos mostram valores intermediários de TiO2, FeOt, MgO, CaO, Na2O e K2O quando comparados aos diabásios e riolitos, similares a outros diques de andesito já estudados no Domínio Rio Maria (DRM). Os diques de feldspato-alcalino riolito e riolito possuem as mais elevadas e variadas concentrações de SiO2. Al2O3 FeOt, MgO e CaO exibem correlação negativa, enquanto K2O apresenta correlação positiva com a sílica. Na2O, TiO2 e P2O5 não apresentam correlação clara. Os diques de diabásios mostram padrão subhorizontal com leve fracionamento dos elementos terras raras (ETR), enriquecimento dos ETR leves (ETRL) em relação aos ETR pesados (ETRP) e anomalias de Eu pouco acentuadas a levemente negativas. Comparativamente, os diques de andesito apresentam fracionamento mais acentuado dos ETR, maior enriquecimento dos ETRL frente aos ETRP e anomalia negativa de Eu mais acentuada. O dique de riolito exibe fracionamento de ETR e anomalia negativa de Eu moderados, enquanto os de feldspato-alcalino riolito mostram maior fracionamento de ETR, um enriquecimento maior dos ETRL em relação aos ETRP e anomalias negativas de Eu fortemente pronunciadas. A presença de lacunas composionais entre os grupos de diques de Água Azul do Norte descarta a existência de uma série magmática continua; o magmatismo máfico, representado pelos diques de diabásio, não evoluiu para formar os de andesito. Por outro lado, os diques de riolito e feldspato-alcalino riolito estariam ligados ao magmatismo granítico anorogênico tipo-A de aproximadamente 1,88 Ga atuante no DRM. O estudo comparativo mostra similaridades entre os diques de Água Azul do Norte e os de outras áreas do DRM, sugerindo origem comum. Palavras-chave: Província Carajás. Água Azul do Norte. Diques. Petrografia. Geoquímica.